O Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), mantido pelo Grupo Tiradentes, vem se firmando como um dos principais centros de pesquisa e inovação científica do Nordeste brasileiro. Em um levantamento recente, com base em dados do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a instituição sergipana ficou como o segundo maior depositante privado de patentes de invenção da região, entre os anos de 2020 e 2024.
O levantamento foi feito por ocasião dos rankings de depositantes de ativos de propriedade intelectual, divulgados recentemente pela autarquia federal, e se baseou nas patentes depositadas oficialmente por Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), cujos pedidos de registro foram oficialmente acatados pelo INPI. Ao longo destes cinco anos, o ITP depositou 63 patentes, a partir de pesquisas desenvolvidas em seus laboratórios. Apenas em 2024, foram 17 patentes.
Entre as instituições de direito privado, o instituto sergipano fica atrás apenas do Senai Cimatec, de Salvador (BA). Já no ranking geral das ICTs nordestinas, o ITP fica em 14º lugar, ao lado de instituições como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e as universidades federais de Alagoas (UFAL), Bahia (UFBA), Sergipe (UFS), Ceará (UFC), Rural de Pernambuco (UFRPE), Pernambuco (UFPE), Paraíba (UFPB) e Campina Grande (UFCG/PB).
“São 26 anos de atuação em desenvolvimento tecnológico e uma equipe muito dedicada, aderente ao propósito, uma missão muito clara que nós temos aqui e queremos cada vez mais avançar. Agora, nos aproximando mais e mais da indústria, das empresas e do setor produtivo, que é para transformar todo esse conhecimento e essas patentes em produtos ou serviços que venham de fato a se tornarem ativos reais, com valores e com remuneração”, comemora o presidente do ITP, Paulo do Eirado Dias Filho.
Para o diretor de relações institucionais do Grupo Tiradentes, professor Valter Joviniano de Santana Filho, o reconhecimento obtido pelo ITP junto ao INPI consolida o que já faz parte da essência do instituto e do grupo como um todo: a convicção de que a pesquisa precisa estar alinhada à inovação e à busca de soluções concretas para a sociedade.
“Estar entre as principais instituições depositantes de patentes no Nordeste significa que nossos pesquisadores, professores e estudantes têm conseguido transformar conhecimento científico em produtos, processos e tecnologias que podem gerar impacto real no desenvolvimento econômico e social da região. Esse resultado também ajuda a fortalecer uma mentalidade inovadora nos nossos alunos, mostrando que é possível – e necessário – aplicar o que se aprende em sala de aula e nos laboratórios para resolver problemas do mundo real”, ressalta Joviniano.
Inovação protegida
O INPI é a autarquia responsável pelo registro oficial das patentes, marcas e registros de software, assegurando a garantia da propriedade intelectual e dos direitos exclusivos de uma pessoa ou empresa sobre pesquisa, marcas, produtos e serviços e/ou processos com aplicabilidade industrial. “Isso significa que a produção acadêmica dos pesquisadores se transforma em bens de propriedade intelectual que podem se desdobrar depois em processos, serviços ou produtos que venham a ser disponibilizados. No caso das instituições acadêmicas, como a nossa, o registro da patente é importante porque é a única garantia para evitar que algum descuido ou alguma cópia se propague e ganhe espaço comercial, por exemplo”, explica Eirado.
Um dos aspectos que mais contam a favor do trabalho desenvolvido no ITP está na sua proximidade com a Universidade Tiradentes (Unit). Todas as patentes depositadas pelo ITP no INPI são registradas em conjunto, tendo a Unit como co-autora ou co-desenvolvedora. Além disso, a grande maioria dos pesquisadores envolvidos nelas são professores ou alunos dos programas de pós-graduação da universidade. O que também reverbera nas altas notas com as quais seus cursos de mestrado e doutorado são conceituados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“Praticamente metade dos nossos pesquisadores são premiados pelo CNPq como bolsistas de produtividade. A produção acadêmica, tanto de textos e artigos como também de patentes, nos diferencia bastante e faz com que a Unit seja muito bem avaliada. Em alguns cursos da pós-graduação, ela tem a maior nota de todo o Nordeste. Aqui, existe uma produção muito forte de patentes e uma grande sensibilidade dos nossos pesquisadores para enxergarem produtos, processos, sistemas e serviços que são de grande interesse normalmente social ou econômico”, ressalta o presidente.
Trabalho em equipe
A classificação do ITP entre as maiores depositantes de patentes do país também qualifica o conceito do Ecossistema Tiradentes, formado pelo instituto e pela Unit em conjunto com o Tiradentes Innovation Center (TIC), e que em breve ganhará o reforço do Tiradentes TechPark (TTP), parque tecnológico que já começou a ser implementado no Campus Farolândia, em Aracaju, com financiamento aprovado junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Paulo do Eirado considera que o segredo das conquistas alcançadas pela instituição está no trabalho em equipe com as outras instituições do Grupo Tiradentes, com visão sistêmica e sem perder de vista a utilidade, o interesse social e o interesse econômico em cada pesquisa. “Quando falamos em ITP, pensamos em todo o conjunto do Grupo, porque é um trabalho em equipe, sempre um atuando junto com o outro. Por isso, estamos caminhando a passos largos para a instalação do Parque Tecnológico e outros modelos de formação. Tudo isso está vindo num pacote que é resultado dessa visão de ecossistema do Grupo Tiradentes”, diz o presidente.
Valter Joviniano acredita que esse desempenho reforça o compromisso permanente do Grupo Tiradentes com a qualidade em todas as suas ações acadêmicas e de pesquisa. “É um indicador que valida investimentos consistentes em infraestrutura, formação de equipes qualificadas e estímulo a parcerias estratégicas. Além disso, fomenta uma cultura interna que valoriza a criatividade, o rigor científico e o compromisso social – características que marcam a trajetória da nossa instituição”, afirma o diretor.
* Matéria alterada em 07/07/2025, às 18h40, para atualização e correção de informações
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