Por Stefânia Leal e Raquel Passos
Em janeiro deste ano, o Conselho Federal de Nutricionistas – CFN – publicou as Resoluções nº 679, 680 e 681 que estipulam normas para o uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – PICS – na Fitoterapia e na Acupuntura. A partir delas os nutricionistas passaram a ter disponível 22 práticas integrativas que seguem diretrizes estabelecidas. As resoluções entrarão em vigor ainda no mês de abril.
Compreendendo a necessidade de tratar da fitoterapia interligada à nutrição, a Unit transmitiu ao vivo pelo canal do YouTube, no último dia 16, a live sobre a atuação da fitoterapia na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. Com o tema ‘Uso de fitoterapia na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares’ a professora da pós-graduação em Nutrição Clínica e Fitoterapia da Unit, Ticiane Clair Remacre Munareto Lima, abordou no encontro online desde o conceito até a aplicação dos medicamentos fitoterápicos nas rotinas nutricionais.
O coordenador operacional do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes, professor Hugo José Xavier Santos, acredita que a fitoterapia é um campo muito importante na vida profissional dos futuros nutricionistas. “Falar de fitoterapia e de que forma essas plantas podem atuar na prevenção e na recuperação do paciente é algo muito especial para o futuro profissional nutricionista e ainda mais com a chancela do Conselho Federal de Nutricionista que nos dá este respaldo”.
Quando voltados às doenças cardiovasculares, a professora destaca que a fitoterapia atua desde a prevenção até o tratamento dos sintomas. “Muitos fitoterápicos são ricos em antioxidantes, o que é muito importante e necessário para o tratamento dessas duas doenças, as cardiovasculares e a obesidade. Então a fitoterapia entra como um coadjuvante, tanto na prevenção, quanto no tratamento dessas doenças e também mesmo na sintomatologia que essas doenças acabam causando”.
Medicamentos fitoterápicos
A professora alerta, ainda, que um medicamento fitoterápico não é apenas uma planta medicinal. Só se caracteriza como fitoterápica quando a planta passa por um processo de industrialização para ser obtido o medicamento e para a comercialização é necessária a regulamentação da Anvisa. Já o processo de industrialização dos fitoterápicos é importante para a qualidade do medicamento, pois evita contaminações por microorganismos e substâncias estranhas, padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser utilizada permite uma maior segurança de uso para os pacientes.
As práticas integrativas e complementares em saúde são baseadas na humanização e na integralidade do indivíduo, tais práticas buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, além do desenvolvimentos do vínculo e da interação do ser humano com meio ambiente.