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Memorial de Sergipe: um ano de educação e preservação da nossa história

Espaço de educação e cultura mantido pela Unit e pelo ITP teve sua atividade retomada em novo espaço e já recebeu cerca de 12 mil visitantes em seu espaço atual

às 20h50
O Memorial de Sergipe preserva um acervo composto por mais de 35 mil peças sobre histórias, culturas, personalidades e tradições da nossa terra (Divulgação/Memorial de Sergipe)
O Memorial de Sergipe preserva um acervo composto por mais de 35 mil peças sobre histórias, culturas, personalidades e tradições da nossa terra (Divulgação/Memorial de Sergipe)
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Em seu primeiro ano de retomada de atividades, o Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa se consolida como um dos mais importantes espaços de educação e valorização da cultura, da história e da identidade sergipana. O espaço, mantido pela Universidade Tiradentes (Unit) e pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), já recebeu cerca de 12 mil visitantes desde a sua inauguração na atual sede, um amplo e moderno espaço na Orla da Atalaia, em Aracaju, aberto ao público desde outubro de 2023. 

A maior parte deste público pôde ter acesso a um acervo composto por mais de 35 mil peças, que inclui mais de 200 obras de arte de artistas locais, mais de 6 mil exemplares de livros e mais de 100 mil fotografias. Eles buscam reconstituir a história de Sergipe, desde os vestígios pré-históricos aos momentos atuais, passando por momentos históricos e de evolução do Estado e do Brasil. Ele também mostram aspectos e elementos da cultura, da tradição popular, do folclore, das cidades e das conquistas alcançadas por Sergipe em todos os seus setores. 

“O Memorial de Sergipe tem se consolidado como um espaço de conhecimento e reflexão para o público sergipano. Nosso acervo oferece aos visitantes a oportunidade de conhecerem aspectos da história e da cultura do estado que, muitas vezes, não são abordados em sala de aula. Ele é, assim, um ambiente onde o público pode se deparar com as diferentes facetas do estado, ampliando seu conhecimento e fortalecendo os laços com a cultura local”, destaca a diretora do Memorial de Sergipe, Sayonara Viana.

Dentre as cerca de 26 salas e alas do Memorial, uma é dedicada exclusivamente aos Notáveis Sergipanos, que marcaram época nas artes, na política e no esporte. São acervos exclusivos com objetos que pertenceram a estas personalidades, bem como obras artísticas e literárias produzidas por elas, compõem estas galerias e resgatam histórias de vida, conquistas e tradições que se entrelaçam, formando um mosaico rico sobre a trajetória cultural e histórica de Sergipe. 

Um dos homenageados nesta ala é o pugilista Adilson ‘Maguila’ Rodrigues, que morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos, em São Paulo. Nascido em Aracaju, Maguila se destacou como um dos grandes campeões do boxe brasileiro, com 85 lutas, obteve 77 vitórias, 1 empate e 7 derrotas, além de um título mundial dos pesos-pesados pela Federação Mundial de Boxe (WMF). A ala reúne cinturões, troféus e luvas doadas pela família de Maguila, além de uma estátua em tamanho real. Também são homenageados nomes como o intelectual José Augusto Garcez, a artista circense Maria Feliciana, a pintora Rosa Faria e o ex-governador Lourival Baptista. 

Este amplo acervo vem sendo um insumo importante para pesquisas e estudos desenvolvidos por estudantes de praticamente todos os níveis de ensino. “Vários alunos da universidade que estão fazendo mestrado e doutorado, utilizaram nosso acervo para a pesquisa, para a dissertação e a tese. Como também atingimos o público da educação do ensino fundamental e médio. Hoje, o museu é um espaço de educação, de ‘educação não formal’, como a gente chama na museologia, mas importante para como atividade complementar à escola”, destaca a diretora, ao citar que, entre os visitantes, estão grupos de alunos enviados por aproximadamente 250 escolas da capital e do interior. “Com as visitas escolares, estudantes de todas as idades têm acesso a histórias, documentos e objetos que ajudam a entender o passado e o presente de Sergipe. Essas visitas permitem que os alunos tenham contato direto com elementos que reforçam sua identificação como sergipanos”, completa. 

Espaço de diálogos

Além das exposições permanentes, o Memorial sediou diversos eventos e debates em seu auditório, além de quatro exposições temporárias: “Félix Mendes: No Caminho da Perfeição,” uma homenagem ao artista plástico estanciano Félix Mendes; “Soldados da Vida: Uma Longa História,” que aborda histórias centenária do Corpo de Bombeiros de Sergipe; “13 Traços de Arte e Tradição,” uma exposição que destacou a riqueza cultural das festas juninas através de obras de artistas sergipanos; e “Feitas de Pano: Entrelinhas e Afetos,” que explora o trabalho artesanal das bonequeiras de São Cristóvão, Nossa Senhora das Dores e Simão Dias. “Essas exposições têm como objetivo ampliar a diversidade cultural e artística presente no Memorial de Sergipe, além de dar espaço para outros artistas exporem suas obras”, acrescenta Sayonara.

Os eventos também comemoram datas especiais do nosso estado, como a Emancipação Política (8 de julho), e o aniversário de Aracaju (17 de março). A comemoração mais recente foi o Dia da Sergipanidade, em 24 de outubro, nesta quinta-feira, que foi marcado pelo evento “Sergipanidades: Conhecer, Valorizar, Respeitar”, realizado em parceria com o Projeto Sergipanidades. Ele foi composto por uma programação voltada à promoção da diversidade cultural e dos recursos turísticos de Sergipe. 

A diretora considera que o balanço do primeiro ano de funcionamento do Memorial de Sergipe após a retomada das atividades foi muito positivo. “É um balanço muito positivo, como um retorno à sociedade sergipana, a contribuição na história, na educação principalmente. Nós tivemos muito retorno e eventos de debate, porque o museu também é um espaço de diálogo. Essa experiência ajuda a despertar um interesse mais profundo pelo patrimônio cultural e pela história, oferecendo um contato direto com itens e fatos que moldaram o estado. Ao dar visibilidade a essas narrativas, o Memorial de Sergipe contribui para que o público desenvolva um olhar mais atento sobre suas origens e a riqueza cultural de sua região!”, definiu Sayonara. 

Serviço

O Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa está aberto para visitas de terça a sábado, das 10h às 16h. Os ingressos são vendidos a preços de R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 20,00 (egressos e funcionários da Unit). A entrada é gratuita para crianças menores de 6 anos, professores e estudantes das redes públicas, museólogos, militares e pessoas com deficiência.

Outras informações podem ser conferidas no site do Memorial de Sergipe

com informações do Memorial de Sergipe

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