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Mesa-redonda discute desafios e propostas para a Difusão da Ciência no século XXI


às 17h55
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A  doutora Maria Lúcia Maciel foi a primeira conferencista

A doutora Maria Lúcia Maciel foi a primeira conferencista

Considerado como um dos pontos altos da vasta programação elaborada para a 15ª Semana de Pesquisa da Unit, evento reúne expoentes sobre o assunto.

A professora Maria Lúcia Maciel, doutora em Sociologia pela Université de Paris VII, diretora do Instituto Ciência Hoje e secretária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); o jornalista Samuel Antenor, mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp e assessor de comunicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e o doutor Diego Vaz Beviláqua (Museu da Vida/Fundação Fiocruz) participaram na noite dessa terça-feira, dia 29, de uma mesa redonda, cujo tema ‘Desafios e propostas para a Difusão da Ciência no século XXI’ atraiu a atenção de acadêmicos e docentes da Unit, além de convidados de outras instituições de ensino superior, bem como palestrantes que estão dando sua contribuição científica dentro da vasta programação da Sempesq.

Após a apresentação dos conferencistas que discorreram sobre o tema, fundamentados nos conceitos adquiridos a partir dos seus estudos, foi realizada uma mesa-redonda sob a coordenação da professora da Unit, doutora Cristiane Porto.

Conferencistas posam ao lado da doutora Cristiane Porto, coordenadora da mesa

Conferencistas posam ao lado da doutora Cristiane Porto, coordenadora da mesa

“A mesa tem uma função muito significativa porque vem dialogar com o público exatamente sobre o tema que mobiliza a Sempesq. Nosso objetivo é fazer com que os conferencistas ao trazerem suas experiências possam falar de educação e de divulgação científica”, afirma Cristiane.

“Nada vai para frente se não tiver interação e como cada um de nós temos experiências particulares, é neste momento que essa troca de experiências justifica as razões pelas quais acreditamos que somos capazes de superar os desafios”, lembra a professora Maria Lúcia Maciel. Ela reconhece que  apesar dos problemas existentes no Brasil serem imensos, eles também são estimulantes. “O nosso compromisso enquanto pesquisadores é contribuir para levar informação aos milhões de jovens que ainda não tiveram oportunidade de estudar”.

Por sua vez, o jornalista Samuel Antenor reconhece que em relação às pesquisas científicas, o que se percebe é que hoje em dia as mídias sociais permitem uma participação pública muito maior. “Com isso, a divulgação científica tende a se ampliar, também, a partir do ponto de vista do divulgador”, lembra ele afirmando que as mídias sociais representam um novo espaço e um divisor entre as mídias eletrônicas de divulgação de várias áreas do ponto de vista da pesquisa e do conhecimento. É necessário, contudo, que quem divulga o conhecimento entenda as diferenças entre que pode e quem não pode ter acesso às mídias, fazendo todo o possível para estreitar esse distanciamento que ainda é perceptível no país face às desigualdades sociais.

Longe de ser considerado depositário de objetos antigos, os museus são organismos vivos imprescindíveis para manter atualizada a memória de uma nação. Durante a conferência, o doutor Diego Vaz Beviláqua, do Museu da Vida, mantido pela Fundação Fiocruz, salientou a importância desses espaços para a popularização da ciência no Brasil. “O que vemos ao longo dos últimos dez anos é um aumento muito grande no número de museus de ciências e um aumento muito grande no número de atividades nesta área, porém, a concentração deste aumento está nos grandes centros, especialmente nas regiões Sul e Sudeste”, diz o conferencista. Para ele, o primeiro e grande desafio é continuar aumentando o número de museus de forma a atingir os locais que ainda carecem desses espaços de pesquisas.

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