Ingressar na graduação é um dos momentos mais significativos na vida de um jovem. Para quem escolhe a Medicina, essa etapa se transforma em algo ainda maior: é o começo de um caminho que exige compromisso, resiliência e empatia. É o início da formação de profissionais que, em breve, estarão cuidando da saúde e da vida de outras pessoas. Com esse espírito, os estudantes do primeiro período do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), do campus Estância, participaram da tradicional Noite do Jaleco — uma cerimônia simbólica que representa o início oficial da jornada médica.
Ao lado de familiares e amigos, os calouros receberam das mãos de seus professores o jaleco branco, símbolo do compromisso ético e profissional com a Medicina. O reitor da Unit, professor Jouberto Uchôa de Mendonça, reforçou a importância desse apoio na trajetória acadêmica. “Quero agradecer, um por um, todos que puderam comparecer a esse evento tão importante para os alunos. Desejo que todos sejam bem-sucedidos. Tenho certeza de que, daqui a cinco anos, poderemos contar com nossos médicos, devidamente qualificados, para servir a todos e às suas cidades”, destacou o reitor.
Mas a cerimônia vai além do simbolismo. Para o coordenador do curso de Medicina em Estância, professor Jerocílio Maciel Oliveira Júnior, esse é um momento pedagógico e ético importante. “O jaleco é um dos instrumentos de trabalho do médico, mas carrega uma grande responsabilidade. Representa a importância de estudarem, de associarem a medicina com a humanidade, de entenderem o respeito e o cuidado no contato com o paciente, compreendendo que a Medicina vai muito além do conhecimento técnico”, destaca Jerocílio Júnior.
Para a diretora do campus de Estância, professora Adriana Rocha, a Noite do Jaleco é um dos eventos mais emocionantes da universidade. “Esse evento é sempre muito especial. É a noite em que recebemos não só os nossos estudantes de Medicina que estão ingressando agora no curso, mas também suas famílias, os pais — que, na maioria das vezes, estão vindo à universidade pela primeira vez, para conhecer o espaço. Então, é sempre uma emoção muito grande para todos nós, para toda a nossa equipe. É uma noite muito bonita, e ficamos muito felizes por isso”, elenca.
Medicina na Unit: um curso renomado
O curso de Medicina da Unit Estância foi implantado em 2020, mas a presença da universidade no município vem desde 2002, quando o grupo educacional decidiu interiorizar o ensino superior em Sergipe. “Estância é uma cidade estratégica, berço da cultura sergipana, onde foi fundado o primeiro hospital do estado — o Hospital Amparo de Maria, nosso parceiro até hoje. O campus possui o mais completo ecossistema de formação em saúde da instituição: com um hospital regional em frente ao prédio da universidade, uma unidade básica de saúde ao lado e um centro de especialidades médicas viabilizado pela própria Unit em parceria com a prefeitura”, destacou o vice-reitor da Unit, Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior.
Além da forte estrutura local, o curso de Medicina da Unit também avança em ações de internacionalização. Uma das principais parcerias é com a Cambridge Health Alliance, rede hospitalar sediada em Boston, nos Estados Unidos. Já são 45 alunos enviados para a experiência prática em hospitais norte-americanos, e, este ano, pela primeira vez, estudantes de Estância integrarão a iniciativa. “Serão seis semanas de imersão em uma instituição de excelência, e estamos muito felizes por termos hoje aqui, prestigiando essa cerimônia, duas representantes diretas dessa parceria”, anunciou o vice-reitor.
A cerimônia também foi marcada por palavras de incentivo do pró-reitor de graduação, professor Ronaldo Linhares, que reforçou o compromisso da instituição com a excelência acadêmica. “Somos considerados pelo Jornal Folha de São Paulo como a segunda melhor universidade particular do Nordeste. Oferecemos estrutura de ponta, professores qualificados e oportunidades como bolsas, programas de extensão, pós-graduação, mestrado e doutorado. Muitos desses alunos serão os primeiros médicos da família. Muitos serão os primeiros a cursar o ensino superior. Então, é de uma importância imensa assumir essa responsabilidade”, comenta Ronaldo.
Humanização como pilar fundamental
Um dos pontos altos da noite foi a presença das representantes do Cambridge Health Alliance, de Boston, que compartilharam suas experiências e conhecimentos sobre a importância da humanização na medicina. “Olhem para o paciente não como uma doença, não como um sintoma, nem como uma resposta que precisa apenas ser resolvida. Olhem como uma pessoa que está ali com vocês, que tem seus próprios problemas, suas dificuldades, seus sofrimentos, e que é atravessada por determinantes sociais que influenciam diretamente sua saúde”, enfatizou Kirsten Meisinger.
Elisa Tristan Cheever complementou a fala da colega, destacando a importância da relação médico-paciente. “Nós temos que parar de pensar que o médico está em um patamar e o paciente em outro. Estamos todos no mesmo livro. O profissional pode receitar o remédio mais caro, indicar o melhor tratamento que existe, mas, se o paciente não tiver confiança e não for considerado parte central da equipe no processo de cuidado, nada vai para frente. Porque, na verdade, a voz do paciente precisa ser ouvida, precisa ser reconhecida. Ninguém sabe mais sobre a própria saúde do que a própria pessoa”, ressaltou
O início de um futuro promissor
A estudante de Medicina Bianca Ramos de Sousa, conta que a emoção de receber o jaleco é ainda maior por representar a realização de um sonho de infância. “Sempre tive meus pais como referência e hoje estou vivendo um momento que sonhei por muitos anos. É o início de tudo. Agora, realmente começou”, contou. Como muitos colegas, ela concilia os estudos com viagens diárias entre cidades, destacando que o esforço vale a pena.
A emoção também foi compartilhada por Milena Vieira, que enxerga a escolha pela Medicina como um verdadeiro chamado. “A Medicina chegou mais como uma vocação, acho que sempre orei, pedi muito a Deus que me mostrasse qual seria o meu caminho, o que era para mim. E, aos poucos, com o passar dos anos, Ele foi me mostrando que a Medicina realmente era o que eu tinha que escolher para minha vida. A noite do jaleco dá aquele gostinho de que estou começando a sentir e a viver a Medicina de verdade. Então é muito importante”, relata.
Para os familiares a alegria é redobrada. Helena Ramos, mãe de Bianca, conta que a felicidade é imensa ao ver a filha realizando seus sonhos. “Ver minha filha começando a faculdade de Medicina é uma emoção que não consigo descrever em palavras. Sempre soube que ela tinha um propósito maior, uma vontade genuína de cuidar do outro, e hoje, ao vê-la dando esse primeiro passo, meu coração se enche de orgulho. Sei que o caminho será longo e cheio de desafios, mas também tenho certeza de que será uma jornada linda, de muito aprendizado e crescimento”, comenta.
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