O excesso de peso não resulta simplesmente de comer em excesso e más escolhas do ponto de vista nutricional. A obesidade é uma doença de complexa e múltipla determinação, que atinge a maior parte dos países do mundo, independentemente destes serem desenvolvidos ou em desenvolvimento. Estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cresce o número de brasileiros que estão com sobrepeso e obesidade.
As pessoas obesas têm ainda um risco elevado de desenvolver problemas crônicos, tais como problemas cardíacos e respiratórios, diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de cancros, além de problemas como artrose, refluxo gastroesofágico, provocando ainda graves problemas emocionais e sociais.
Geralmente, o excesso de peso e a obesidade resulta de uma combinação de fatores hereditários, como a predisposição genética, combinados com uma dieta rica em gorduras e açúcares e pouca atividade física, levando ao acúmulo de gordura no corpo, podendo afetar pessoas em qualquer idade, inclusive crianças.
Excesso de peso
O açúcar, a gordura e os carboidratos são alimentos ricos em calorias, que são usadas como fonte de energia para o corpo, mas que quando consumidos de forma excessiva, são armazenados na forma de gordura, favorecendo o aumento de peso e o desenvolvimento da obesidade.
Falta de atividade física
A falta de atividade física é uma das principais causas de obesidade, especialmente quando não existe um balanço entre o que a pessoa ingere de alimentos e as calorias gastas por dia, levando ao acúmulo de gordura no corpo e desenvolvimento da obesidade.
Predisposição genética
A genética está envolvida na causa da obesidade, principalmente quando os pais são obesos, porque quando tanto o pai, como a mãe são obesos, o filho tem 80% de chances de desenvolver a obesidade. Quando somente 1 dos pais é obeso, esse risco diminui para 40% e quando os pais não são obesos o filho tem apenas 10% de chance de ser obeso.
Alteração hormonal
A leptina e a grelina são dois hormônios importantes para regular o apetite e, por isso, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa pode sentir mais fome que o normal, acabando por comer uma maior quantidade de comida, e mais vezes durante o dia.
Doenças hormonais raramente são a causa exclusiva da obesidade, mas cerca de 10% das pessoas que tem alguma destas doenças, têm maior risco de ser obesa: síndrome hipotalâmica, síndrome de Cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.
Distúrbios emocionais
A perda de uma pessoa próxima, de um emprego ou uma notícia ruim podem levar a um sentimento de tristeza profunda ou até mesmo depressão, e estas favorecem um mecanismo de recompensa porque comer é prazeroso, mas como a pessoa se sente triste na maior parte do tempo, não encontra energia para se exercitar, para poder gastar as calorias e a gordura que ingeriu à mais num momento de angústia e dor.
É importante buscar ajuda de um terapeuta para controlar ansiedade e depressão. Fazer exercícios também é uma excelente estratégia pois o esforço físico libera endorfinas na corrente sanguínea, que promove a sensação de bem-estar.
Diminuição da dopamina
A dopamina é um tipo de neurotransmissor, produzido naturalmente pelo corpo, responsável pela sensação de bem estar, prazer e saciedade, além de outras funções como motivação e memória, e que age ligando-se a regiões específicas no cérebro. Estudos mostram que quando o corpo não produz dopamina em quantidades suficientes, pode levar a pessoa a comer mais ou ter compulsões alimentares de forma, na tentativa de aumentar os níveis de dopamina no corpo, favorecendo o aumento de peso ou obesidade.
Como combater o excesso de peso e obesidade?
Um dos pontos de partida para combater o excesso de peso e a obesidade é passar por mudanças no estilo de vida a partir de uma dieta balanceada idealizada por um nutricionista que pode ajudá-lo a criar um plano alimentar de acordo com o seu histórico de saúde.
É importante também inserir atividades físicas regulares. Caminhadas, andar de bicicleta ou fazer natação podem ser uma boa opção para realizar exercícios de baixa intensidade.
Com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Tua Saúde
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