Pensando no desenvolvimento cultural de idosas que moram no entorno do bairro Farolândia, o Programa de Assistência Integral à Melhor Idade (PAIMI) realiza diversas iniciativas que envolvem, inclusive, alunos e professores da graduação da Universidade Tiradentes (Unit). Nesta semana, as idosas do PAIMI celebraram o Dia da Sergipanidade e o Outubro Rosa.
O Dia da Sergipanidade foi lembrado no último dia 24, com apresentações culturais, danças e atividades envolvendo alunos dos cursos de Fisioterapia. Já nesta terça-feira, 25, em conjunto com o curso de Farmácia e Nutrição realizaram uma quiz sobre os mitos e verdades dos alimentos considerados a cura do câncer.
O professor do curso de Fisioterapia, Flávio Martins, explica que surgiu a necessidade de atender as idosas do PAIMI e por isso criou o projeto de extensão para que os alunos ganhassem experiência na prática.
“Desde o semestre do semestre passado iniciamos esse projeto de extensão porque muitas idosas assim que retornaram após pandemia estavam com queixas de dores no corpo, e também falaram da demora de serem atendidas nas Unidades Básica de Saúde. Então, surgiu a ideia de disponibilizar os alunos do curso de Fisioterapia para fazerem esse acompanhamento. Nós sempre trabalhamos com datas comemorativas, assim podemos trazer atividades lúdicas para que haja maior adesão na fisioterapia”, conta.
Ao todo, 25 alunos participam do projeto. Sendo 10 alunos do Projeto de Extensão e 15 alunos do curso de Fisioterapia. Para o aluno, Lucas Gabriel, participar do projeto é uma oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas.
“Nós procuramos sempre fazer atividades que trazem consciência corporal. Quando elas dançam, se alongam, caminham, elas estão trabalhando a funcionalidade do corpo. E através das atividades lúdicas conseguimos uma maior interação entre o grupo. A conexão desenvolvida traz mais felicidade, e consequentemente mais vontade de praticar os exercicios”, disse o estudante.
Para dona Maria José, de 67 anos, participar das atividades do Programa a rejuvenesce. “Vim de Cícero Dantas, na Bahia, para cá este ano. Uma amiga me falou do Programa e consegui uma vaga. Está aqui é maravilhoso. Uma coisa muito boa, com muita diversão e companheirismo. Os professores e alunos são muito atenciosos com a gente. Faz bem pra mente, pro corpo. Eu tô amando! Aqui é o paraíso”, conta.
Outra beneficiada com o Programa é dona Marlene de Souza, ela conta que está há dois meses no PAIMI e se sente realizada. “Através de um grupo nas redes sociais que soube do PAIMI. Tentei uma vaga e agora chegou a minha vez. Aqui temos acompanhamento psicológico, com nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico. Aqui eles cuidam bem da gente. Agora me sinto mais ativa e feliz”, disse.
A coordenadora do Programa, Zulnara Mota, salienta a importância de comemorar a data para reafirmar a identidade sergipana. “O dia da Sergipanidade é pra gente enaltecer nosso jeito de falar, de se vestir, a nossa culinária e também a nossa alegria em pertencer a esse Estado. Para nós do PAIMI todas as datas devem ser celebradas. Porque é importante que exista uma interação entre as integrantes, com muita dança, atividades e descontração para que todos os tratamentos sejam bem recebidos por elas. Com alegria e confiança é que essas mulheres da terceira idade conseguem enfrentar os problemas da vida”, salienta.
Outubro Rosa
Dando continuidade às atividades, nesta terça-feira, 25, professoras e alunos dos cursos de Farmácia e Nutrição realizaram um quiz com os mitos e verdade acerca dos alimentos serem a cura para o câncer.
De acordo com a professora do curso de Nutrição, Sandra Maia, é de senso comum da população considerar alguns alimentos milagrosos para a saúde. “Nós estamos passando para elas que a alimentação é muito importante para a prevenção de doenças, mas não é somente isso. É preciso fazer exames, ter um autocuidado para assim ter uma vida mais saúdavel”, conta.
A professora do curso de Farmácia, Kathilyn Pinheiro explica que nenhum tratamento pode ser feito sem um diagnóstico preciso. “A gente não pode afirmar que exista uma cura milagrosa, existe um conjunto de ações para a prevenção e tratamento de doenças, que quando feito de maneira correta e acompanhada de um médico garante um resultado positivo para a saúde. E nosso objetivo é desmistificar algumas crenças populares sobre remédios e alimentos naturais que curam o cancer”, explica.
“Fiquei muito animada com mais esse evento feito pra gente. É muito bom ver que os professores e alunos cuidam da gente, explicam essas coisas que a gente nem sabia o que era. A gente sempre acaba aprendendo mais”, disse dona Maria Elena Ramos da Cunha, de 72 anos.
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