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Podcast discute adoção da agenda ESG no ensino superior

O professor Saumíneo Nascimento destacou em podcast da ABMES como a extensão universitária contribui para a implementação da agenda ESG no ensino superior

às 20h46
A implantação da Agenda ESG no ensino superior foi debatida no podcast E por falar em educação, produzido pela Abmes (Divulgação/ABMES)
A implantação da Agenda ESG no ensino superior foi debatida no podcast E por falar em educação, produzido pela Abmes (Divulgação/ABMES)
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Como as universidades e faculdades podem ser socialmente e ambientalmente responsáveis? Este foi um dos temas tratados no episódio 18 do podcast E por falar em educação, produzido pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Ele discutiu o tema “ESG: Como o conceito impacta o ensino superior?”, tratando da agenda global conhecida como ESG (Environmental, Social and Governance), que contempla as questões de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa, e que vem sendo adotada em todo o planeta por empresas e instituições.

Um dos entrevistados no podcast foi o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes, professor Saumíneo Nascimento, que destacou a importância da Agenda ESG e como ela vem sendo implementada e acompanhada em nível de companhia. Também participaram do programa os professores Marcos Assi, CEO e sócio fundador da MASSI Consultoria e Treinamentos, e Bruno Coimbra, assessor jurídico da ABMES.

Segundo Saumíneo, os conceitos de desenvolvimento sustentável, governança corporativa e responsabilidade social devem estar mais presentes nos produtos ou serviços, no dia-a-dia e nas estratégias de empresas e instituições. “O tema ESG tem que estar presente nas instituições de ensino, tanto no superior quanto no básico, tem que estar presente nas empresas de forma permanente, até para que elas possam competir de forma adequada, não só por questões legais regulatórias, mas pela própria aceitação que a sociedade vai ter de seus produtos e serviços a serem ofertados. Não só por questões legais regulatórias, mas pela própria aceitação que a sociedade vai ter de seus produtos e serviços a serem ofertados”, diz.

Segundo ele, a agenda ESG pode ser inserida nos currículos dos cursos, para que as boas práticas de governança, transformação social e preservação ambiental sejam ensinadas aos alunos. E nesse sentido, um passo decisivo é a chamada “curricularização da extensão”, que é a integração dos projetos de extensão universitária, as atividades de extensão universitária como um passo fundamental para a implementação da Agenda ESG no ensino superior, pois, segundo ele, “é na extensão universitária aos desenhos curriculares de cada curso, através de disciplinas obrigatórias. 

Nascimento adiantou ao podcast que o ESG será pauta das próximas edições das Semanas de Extensão, realizadas pelas unidades de ensino do Grupo Tiradentes para reunir e apresentar os projetos de extensão dos cursos. E destacou que ele está presente não apenas na formação dos alunos, mas também dos professores. “Na instituição, temos pró-reitorias que acompanham toda a agenda ESG que está sendo implementada, inicialmente na extensão universitária, mas também com o corpo funcional e também mudando a política de formação docente para que ele entenda como fundamental explicar ao aluno a questão da eficiência do uso energético ou fontes alternativas de energia, para citar um exemplo, para que a gente tenha isso de forma estruturada”, explicou. 

Para o professor, a formação de estudantes dentro dos conceitos do ESG de é importante para que os profissionais cheguem ao mercado conscientes de seu papel na transformação da sociedade. “Nós não podemos somente formar técnicos puros, profissionais que não entendam que a sustentabilidade é fundamental inclusive para a competitividade da empresa que ele vai trabalhar e formar. Na medicina, por exemplo, tem muitas disciplinas em que você vê a prática e o entendimento da sustentabilidade e da governança para boa gestão de um hospital, uma clínica ou consultório. Eu penso que isso pode ser feito permanentemente nas atividades de extensão que as instituições de ensino tanto protagonizam”, afirma Saumíneo.

O professor citou ainda como exemplo um dado apresentado pelo relatório “Tempos incertos, vidas instáveis: construir o futuro em um mundo em transformação”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que trata do desenvolvimento humano e dos impactos sofridos por ele devido à pandemia. Segundo a pesquisa, nove de cada 10 países regrediram em seus indicadores de desenvolvimento humano após a pandemia da Covid-19, invertendo a tendência predominante antes dela, e incluindo o caso específico do Brasil. 

“Portanto, mais do que nunca, é fundamental o conhecimento e o engajamento dos colaboradores, seja de qualquer atividade profissional, com a temática do desenvolvimento sustentável, e da governança, com a responsabilidade social, para que a gente possa conviver num mundo melhor”, afirmou ele, acrescentando que a cultura ESG deve ser propagada em todo o sistema de educação, desde o ensino fundamental. “Enquanto instituição de ensino superior, propagar com as instituições do ensino básico e fundamental, para que já tenhamos aqui os adolescentes e adultos que estão chegando com essa formação básica fundamental que este novo milênio tanto exige

O episódio do podcast “E por falar em educação” pode ser escutado através do site de podcasts da ABMES.

Asscom | Grupo Tiradentes

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