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Qual o impacto da saúde sexual para a nova geração?

As alterações comportamentais geram dilemas que exigem atenção profissional especializada para reduzir os impactos na saúde física e mental

às 13h37
Coordenadora pedagógica, professora doutoranda Jamille Figueiredo
Coordenadora pedagógica, professora doutoranda Jamille Figueiredo
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A adolescência é um momento único, cheio de descobertas e formação. Durante essa fase da vida, iniciada aos 10 e se prolongando até os 19 anos, ocorrem diferentes mudanças no aspecto físico, emocional e social que influenciam o comportamento e podem afetar a saúde mental e sexual.

É possível que a sexualidade e o início da vida sexual causem alterações comportamentais e dilemas que exijam atenção profissional especializada para reduzir os impactos ocasionados pelos problemas típicos dessa fase da vida. Para entender melhor como isso ocorre, a coordenadora pedagógica e da Clínica de Psicologia da Unit, professora doutoranda Jamille Figueiredo, comenta sobre os impactos da saúde sexual na saúde mental da nova geração. 

Para ela, a sexualidade consiste em um fenômeno amplo, complexo, multifacetado e não apenas restrito ao sexo. “Falar sobre saúde sexual é de extrema importância, pois se trata de um problema de saúde pública. A partir desse debate é possível entender as inseguranças dos jovens”, explica a doutoranda Jamille Figueiredo. 

O conceito de saúde sexual refere-se ao direito à vivência da sexualidade de maneira prazerosa, saudável e segura. “Diante de tantas dimensões da vida que a vivência sexual envolve, é notório que o comprometimento da saúde sexual pode trazer impactos importantes para a saúde mental dos indivíduos. O acometimento por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), bem como uma gravidez não desejada, expõem a população a diversos estressores, os quais podem culminar em sintomas ansiosos e depressivos”, comenta a coordenadora da Clínica de Psicologia da Unit, Jamille Figueiredo.

Saúde sexual entre gêneros

De modo geral a iniciação sexual das mulheres tende a ser permeada de tabus e silenciamentos. As meninas desde novas são orientadas a não expor suas intimidades. No caso dos homens, o processo de iniciação sexual é mais naturalizado e incentivado. 

“A nova geração de meninas percebe a influência da desigualdade de gênero cada vez mais cedo. Com o advento das redes sociais, dentre outros assuntos em pauta, as mulheres têm acesso a discussões sobre a sexualidade, e se dão conta de que há algumas diferenças em suas vivências a depender do seu gênero. Enquanto os homens são encorajados a iniciar a vida sexual desde cedo, as mulheres são incitadas a manter a sua vida sexual resguardada.”, aponta a psicóloga Jamille.

Diversidade sexual

Devido à maneira como a sociedade lida com a diversidade sexual e de gênero, há uma maior incidência de transtornos mentais comuns na população LGBTQIAP+. “O preconceito, falta de aceitação social e a não identidade de gênero são fatores que têm consequências emocionais sérias e que podem causar transtornos de ansiedade e depressão”, afirma a professora doutoranda.

Além do preconceito e dilemas emocionais, os LGBTQIAP+ também sofrem com a disforia de gênero, que é o sentimento de profundo desconforto com o gênero atribuído ao nascimento e suas características. 

“Os jovens são mais vulneráveis aos sofrimentos de ordem psíquica e emocional. Logo, é preciso buscar alternativas para atenuar os impactos desses transtornos sobre a juventude. É preciso contar com um suporte profissional de uma equipe especializada em saúde mental para amenizar o efeito das doenças mentais na vida dos adolescentes e dos jovens e resgatar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida”, finaliza a coordenadora Clínica de Psicologia da Unit, doutoranda Jamille Figueiredo.

Clínica de Psicologia da Unit 

A Clínica-escola de Psicologia da Universidade Tiradentes realiza atendimentos psicológicos para a sociedade sergipana, com tarifa social. É um espaço de prática dos estagiários de 9º e 10º períodos do curso de Psicologia da Instituição de Ensino Superior (IES).  

Está localizada à Av. Murilo Dantas, 54 – Farolândia, em Aracaju e funciona de segunda a sexta-feira, de 07h às 19h e aos sábados de 08h às 12h. Para marcação de consulta ou dúvidas, o telefone para contato é (79) 98107-9590.

 

Com informações do World Health Organization

 

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