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Redes alternativas são obrigadas a conter fake news em suas plataformas

Big Techs são responsáveis por pressionar as pequenas redes a não propagarem desinformação ou qualquer conteúdo violento e discursos de ódio

às 13h34
Página inicial do Parler, uma das redes sociais alternativas que, por pressão das grandes plataformas, tiveram que adotar mecanismos de moderação (Reprodução)
Página inicial do Parler, uma das redes sociais alternativas que, por pressão das grandes plataformas, tiveram que adotar mecanismos de moderação (Reprodução)
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Propagação de fake news, discursos violentos e de ódio, polarização e rixas políticas são atualmente alguns dos maiores inimigos das redes sociais e das big techs como Meta, Google e YouTube. Essas grandes empresas que dominam o mundo virtual tentam combater, especialmente em tempos de pandemia,o aumento das fakenews relacionadas à Covid-19 e todos os conteúdos que possam vir a prejudicar a disseminação de conteúdos verídicos. 

Em uma postagem realizada pelo blog “Internautas Cristãos”, é explicado que muitos usuários de redes sociais “fogem” das big techs como forma de fugir da “censura” e, como justificativa, utilizam do discurso da liberdade de expressão para a livre discussão de “verdades bíblicas” e da preocupação com a “manipulação política” presente em grandes redes como o Facebook. Por fim, listam redes sociais alternativas para o uso livre, de acordo com suas crenças, mas que muitas vezes podem incitar discursos violentos e fake news.

Entre os exemplos de redes alternativas que vêm sendo usadas para espalhamento de falsas notícias e permissão de discursos de ódio, estão a Parler, que já foi referência entre a extrema direita política dos EUA; a Clapper, classificada como uma versão conservadora do TikTok e a Rumble, plataforma de vídeos que permitia conteúdos sobre atividades ilegais e incitação a violência. 

No Brasil, essas redes alternativas, como as já mencionadas e outras como o GETTR, o CloutHub, e Telegram foram utilizadas por blogueiros conservadores e apoiadores de extrema direita para propagarem desinformação. O GETTR é uma plataforma de mídia social criada pelo americano Jason Miller, ex-porta-voz do presidente Donald Trump. Uma versão beta da plataforma estreou em 1 de julho de 2021 com visual bastante semelhante ao do Twitter. O CloutHub se apresenta como uma rede social imparcial para pessoas envolvidas em questões cívicas, sociais e políticas significativas, causas e campanhas com as quais se importam. Já o Telegram é uma rede social de mensagens com diversas funcionalidades, inclusive um “chat secreto”, que apaga tudo o que foi conversado para todos os participantes, como se não houvesse existido.

Medidas adotadas

Todas essas redes passaram, recentemente, a adotar moderação na sua política de privacidade, devido à grande pressão das Big Techs sobre elas. Os conglomerados adotaram essa medida por entenderem que a presença dos discursos de ódio e de notícias falsas nas plataformas podem prejudicar o progresso que alcançaram face a esses problemas. Por outro lado, as redes alternativas cederam por medo de serem desplataformizadas, ou seja, de perderem o domínio virtual – o que aconteceu temporariamente com a Parler no início de 2021 – e ser extintas devido à falta de censura a conteúdos prejudiciais à sociedade como um todo, além de temerem punições por manterem conteúdos problemáticos em suas plataformas. 

Algumas das estratégias utilizadas pelas próprias grandes empresas de tecnologia de combate a fake news e discursos de ódio foram a restrição aos seus conteúdos, juntamente com um link que direciona a site com informações verídicas acerca da postagem em questão em redes como Meta (Facebook e Instagram); o banimento de conteúdo que incitam discurso violento e odioso e a desmonetização de conteúdos não verídicos no YouTube.

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do El País Brasil

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