Na manhã desta quinta-feira, 11, o Campus Aracaju Centro da Universidade Tiradentes – Unit – sedia o 2º Seminário da Pessoa com Deficiência e Mercado de Trabalho, evento organizado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe que tem o objetivo de discutir a disponibilidade de vagas profissionais para o público em questão.
Apesar de a temática receber cada vez mais atenção por parte da sociedade, ainda é preciso garantir mais acesso das pessoas com deficiência aos postos de trabalho e isso só será garantido por meio de debates públicos, essa é a opinião da vice-presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Gorete Medeiros. “É preciso mostrar a necessidade de se fazer a inclusão e fazê-la não apenas por obrigação, mas porque falamos de pessoas capazes, talentosas e que podem interagir em qualquer espaço que necessite do profissionalismo deles”, afirma.
Para que os problemas sejam discutidos e algumas sugestões possam ser construídas, foi fundado o Fórum de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho, órgão que conta com a colaboração dos governos federal, estadual e municipal e que tem em sua coordenação a participação da Universidade Tiradentes – Unit.
Entre as ações que têm sido desenvolvidas pelo Fórum, está a conscientização acerca de direitos garantidos. “É preciso mudar mentalidades, muitas pessoas com deficiência ainda têm medo de se inserir no mercado de trabalho para não perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC), algo que na prática não acontece”, comenta Marta Rocha de Santana, membro do Fórum.
Disponibilidade de Vagas
De acordo com Celuta Krauss, Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe, hoje há mais de 400 empresas sediadas em Sergipe que juntas ofertam cerca de 7.500 vagas de trabalho para pessoas com deficiência. Acontece que desse total, apenas 2.483 estão ocupadas e cabe ao órgão, por meio de ações como o seminário, debater a questão.
“Precisamos modificar a forma como fiscalizamos, que passou a ser mais ampla com abordagem de orientação. Não adianta apenas usar nosso poder punitivo, precisamos conscientizar os empresários e as pessoas com deficiência e foi com essa intenção que organizamos o Fórum e o seminário”, explica.