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Série de reportagens resgata fato histórico da Segunda Guerra em Sergipe

A série de reportagens ‘A Guerra que Chegou em Sergipe’ relembra os bombardeios de navios brasileiros na costa sergipana.

às 13h31
Ataque da Força Aérea dos Estados Unidos ao submarino U-507
Ataque da Força Aérea dos Estados Unidos ao submarino U-507
A professora do curso, Drª Juliana Almeida.
A jornalista Gabriela Salmeron
O jornalista Edicarlos Queiroz
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No dia 16 de agosto, completa 80 anos dos bombardeios de navios brasileiros na costa sergipana pelo submarino alemão U-507, fazendo com que o Brasil entrasse na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Para relembrar esse marco histórico, estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Tiradentes produziram uma série de reportagens em cinco episódios. ‘A Guerra que Chegou em Sergipe’ foi exibida no programa Unit Notícias, na TV Atalaia, e será reprisada nos próximos dias 15 a 19.

“O projeto da reportagem foi concebido como atividade da disciplina laboratório em TV, na qual os alunos produzem séries para serem veiculadas no Unit Notícias. Cada grupo fica com um tema livre, um tema jornalístico relevante. E esse grupo especificamente resolveu contar como foi a participação de Sergipe para o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial. Os episódios são divididos nessa questão histórica, a questão de como a imprensa noticiou o fato e encerra falando sobre o grande Joel Silveira, jornalista sergipe que cobriu a guerra”, explica a professora do curso, Drª Juliana Almeida.

Os alunos (agora formados) que produziram a série foram Letícia Mendonça, Louise Wine, Larissa Carvalho, Edicarlos Queiroz e Gabriela Salmeron. “Para os próprios alunos foi uma descoberta muito interessante. Fomos fazer imagens no Cemitério dos Náufragos, no monumento em homenagem aos náufragos que tem na Orla Pôr do Sol. Trabalhamos também com muita imagem de arquivo. Foi um trabalho de pesquisa e resgate histórico no qual os alunos puderam trabalhar jornalisticamente um tema histórico relevante em que mais de 200 pessoas morreram”, diz.

Segundo a estudante de Jornalismo, agora formada, Gabriela Salmeron, o resgate do evento leva conhecimento a muita gente que desconhece o fato. “Ao analisar o que poderíamos apresentar de relevante para a sociedade, lembrei desse fato histórico e meus colegas concordaram. Cada um ficou responsável por uma etapa da pesquisa, desenvolvendo uma reportagem sobre cada temática. Foi algo muito desafiador, mas devo dizer que o resultado ficou excelente”, conta.

Quando o grupo começou a elaborar as reportagens, ainda a pandemia de covid19 ainda não havia estourado. Mas, no meio da produção, as atividades presenciais foram interrompidas pela pandemia, então, os estudantes precisaram se adaptar e contaram com a colaboração da família e também dos entrevistados para concluírem o projeto.

“Aprendi, principalmente, que mesmo que algo fuja do seu planejamento inicial, existe sempre a possibilidade de se adaptar e entregar algo de qualidade para quem assiste e acompanha o Unit Notícias. Além disso, até hoje recebo ótimos feedbacks sobre a reportagem quando ela vai ao ar e muitas pessoas comentam comigo e com meus colegas que gostaram bastante”, conta Gabriela.

Para Edicarlos Queiroz, o tema é complexo e fascinante. “Os sergipanos conviveram com o medo de a escassez, sobretudo de alimentos, pois com os torpedeamentos dos navios em nossa costa que culminou com a morte de centenas pessoas, todas essas cicatrizes fazem parte da história, da formação e da cultura sergipana, é importante para a sociedade conhecer essa história de forma didática, criamos algo que servirá como fonte de pesquisa, especialmente no ambiente virtual”, diz.

“Com isso, aprendi que a gente vivencia a História e que podemos fazer a História, ou contribuir de alguma forma. Esse recorte histórico e a composição de todos os elementos que compõem os torpedeamento dos navios em nossa consta pelo submarino Alemão U-507 pode ser explorado na atração turística, temos esse grande potencial, o Cemitério dos Náufragos, criado para sepultar as vítimas dessa tragédia é um elemento importantíssimo dessa história, o Estado e o Município de Aracaju tem a faca e o queijo nas mãos, porém é necessário o envolvimento direto do setor privado nessa construção”, acredita Edicarlos.

A série também está disponível no canal do Unit Notícias no YouTube.

 

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