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Sistema de alerta contra enchentes será integrado ao Google

Parceria com o Serviço Geológico do Brasil fornecerá dados e alertas do Sistema de Alerta de Inundações, que acompanha os níveis dos rios em 60 localidades no Brasil

às 16h42
O sistema de alerta do FloodHub combina conjuntos de dados para monitorar o clima e os níveis dos rios em comunidades e cidades ribeirinhas (Reprodução)
O sistema de alerta do FloodHub combina conjuntos de dados para monitorar o clima e os níveis dos rios em comunidades e cidades ribeirinhas (Reprodução)
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A internet tem se mostrado uma grande aliada na prevenção contra acidentes e desastres naturais. Um exemplo disso está na plataforma FloodHub, do Google Alerts, que passará agora a emitir alertas de enchentes e inundações em comunidades e cidades ribeirinhas de todo o Brasil. 

A iniciativa será possível através de uma parceria firmada nesta terça-feira, 29, pelo Google com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que pertence ao Ministério de Minas e Energia (MME) e irá fornecer dados e informações do Sistema de Alerta de Inundações, integrado ao aplicativo Google Maps. Em sua fase inicial, ela irá contemplar mais de 60 localidades com informações em tempo real sobre os níveis dos rios. 

Segundo o SGB, o sistema de alertas será implementado com o Google em duas etapas: a emissão de alertas de inundações ribeirinhas em tempo real para as regiões atendidas, mostrando onde as inundações estão ocorrendo em tempo real; e a emissão de alertas com previsões de inundações geradas pelo time de hidrologia do SGB e pelos sistemas do Google em áreas selecionadas do Brasil. Ele combina conjuntos de dados como níveis de água dos rios, indicadores meteorológicos e imagens de satélite. 

Há a previsão de que o sistema seja expandido nos próximos meses para outras regiões do Brasil, que aparece entre os países mais afetados por enchentes e desastres naturais em comunidades ribeirinhas. De acordo com levantamentos da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70 milhões de pessoas foram afetadas no país entre 2000 e 2019. E no primeiro semestre de 2022, as chuvas provocaram dezenas de mortes e milhares de desabrigados em cidades de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Piauí, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

O FloodHub, lançado em 22 de outubro, se baseia em tecnologias de Inteligência Artificial e Machine Learning, sendo já utilizado em países com histórico de grandes desastres causados por enchentes, como Índia e Bangladesh. Apenas nesses locais, ele enviou 115 milhões de notificações e alertas de inundações para 23 milhões de pessoas, direcionando-as para alertas de enchentes na pesquisa e nos mapas do Google. E isso permitiu que inúmeras vidas fossem salvas.

Já o SGB opera Sistemas de Alerta Hidrológico em 17 bacias hidrográficas ao longo do território brasileiro, com monitoramento automático de chuvas e níveis de rios, mapas de riscos hidrológicos, e envio de boletins de monitoramento e alerta com previsões de inundação. As informações deste monitoramento são enviadas periodicamente aos órgãos de defesa civil, agentes públicos estaduais e municipais, além da população de modo geral.

O Google Maps já é integrado a outros sistemas que fornecem avisos públicos de prevenção de desastres, que disparam alertas por mensagens de celular e direcionam usuários para sites de informação relevante e confiável. No Brasil, o Google já é parceiro do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), ligado à Defesa Civil Nacional, e desenvolveu com eles outros sistemas de alerta, como os Alertas SOS e os Avisos Públicos.

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do SGB e do Google

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