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Unit promove palestra sobre combate ao racismo e busca criar ambiente mais inclusivo

Palestra “Despertando Consciências” aborda racismo no ambiente corporativo e acadêmico, destacando a importância de práticas antirracistas

às 20h35
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A Universidade Tiradentes (Unit) deu mais um passo importante na luta contra o racismo e na promoção da diversidade e inclusão com a realização da palestra “Despertando Consciências: Sensibilização e Combate ao Racismo”. O evento aconteceu em dois momentos, presencialmente para líderes no dia 20 de maio e online para colaboradores em geral no dia 18 de junho.

A iniciativa faz parte do Programa Capacita +, que visa sensibilizar e educar colaboradores sobre questões raciais, incentivando práticas antirracistas. A Consultora de Recursos Humanos da Unit, Viviane Andrade, explicou que a ideia de promover a palestra surgiu do compromisso da instituição em criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam valorizados e respeitados 

“A iniciativa começou ano passado com Letramento Racial, em 2024 damos continuidade com abordagens de conscientização e reconhecimento de vieses inconscientes. Além disso, buscamos incentivar na construção de uma cultura organizacional que celebre a diversidade e fomente o respeito mútuo entre todos os colaboradores”, revela.

Estrutura e conteúdo da palestra

A palestra foi ministrada pela especialista em diversidade e inclusão, Dayse Rodrigues, do Grupo Ubuntu. Em sua fala, Dayse contextualizou o surgimento do conceito de raça e racismo ao longo da história, destacando como esse sistema de opressão se manifesta no dia a dia das pessoas e nas instituições. A especialista também abordou a importância da conscientização e educação antirracista como ferramentas para combater o racismo e construir um ambiente mais justo e equitativo.

“Ter esse diálogo dentro das instituições ajuda a identificar e combater discriminações, criando espaços mais justos e diversificados. A discussão sobre racismo é crucial para entendermos a história do nosso país e o quanto as instituições de ensino tem um papel fundamental na desconstrução da cultura racista que reproduzimos até hoje. Abordar essas questões de maneira aberta e contínua ajuda a prevenir conflitos e a construir uma cultura institucional baseada na não discriminação, na equidade e no respeito mútuo”, elenca Dayse.

A palestrante também ressaltou a importância da representatividade e diversidade nos quadros de colaboradores e na liderança das instituições. “A diversidade nas equipes promove inovação e criatividade ao trazer diferentes perspectivas e experiências, essenciais para resolver problemas complexos e desenvolver soluções inovadoras. Estudos indicam que organizações diversificadas têm melhor desempenho financeiro e operacional, com decisões mais eficazes”, destaca Dayse.

A coordenadora do Unit Carreiras, Ana Paula Morais, participou da palestra e compartilhou suas impressões sobre a experiência. “Participar de ações voltadas ao letramento racial é sempre uma experiência muito enriquecedora. A palestra foi especialmente esclarecedora, pois me proporcionou uma reflexão profunda sobre todo o contexto histórico. Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi a provocação para entendermos que, como pessoas brancas, somos privilegiados não por escolha própria, mas devido a todo o histórico social. Com base nisso, muitas de nossas atitudes acabam sendo de cunho racista. Precisamos reconhecer esse fato e trabalhar conscientemente para mudar nossas atitudes”, revela Ana Paula.

Desafios e estratégias de combate ao racismo

Dayse enumerou os desafios mais comuns enfrentados ao tentar abordar e combater o racismo no local de trabalho, incluindo resistência à mudança, falta de conscientização, recursos insuficientes e uma cultura que não valoriza a diversidade. Ela enfatizou que a liderança pelo exemplo e a busca por conscientização e conhecimento na área são a base fundamental para superar esses desafios.

Os colaboradores podem se tornar aliados eficazes na luta contra o racismo. “Eles podem se comprometer com a educação contínua sobre a história e os impactos do racismo, bem como sobre os próprios privilégios e preconceitos.Também é importante usar a voz para amplificar as vozes de pessoas marginalizadas. Por fim, é crucial refletir continuamente sobre comportamentos pessoais que possam contribuir para o racismo estrutural e tomar medidas proativas para corrigi-los, como estar atento a microagressões e questionar preconceitos implícitos”, recomenda.

A especialista conta que instituições como a Unit podem medir o impacto das ações antirracistas entre seus colaboradores e alunos através de estratégias como: 

  • Pesquisas e Questionários: Realizar pesquisas periódicas com as pessoas colaboradoras e estudantes para avaliar suas percepções sobre a inclusão, diversidade e o clima institucional. Perguntas podem abranger temas como experiências de discriminação, sentimento de pertencimento e eficácia das ações antirracistas.
  • Análise de Dados Demográficos: Monitorar a composição demográfica da instituição em diferentes níveis, como admissões, contratações, promoções e retenção, para identificar progressos na diversidade e inclusão.
  • Indicadores de Desempenho: Estabelecer e acompanhar indicadores de desempenho relacionados a diversidade e inclusão, como participação em treinamentos antirracistas, número de denúncias de discriminação e resolução de casos.
  • Taxas de Retenção e Satisfação: Monitorar taxas de retenção e níveis de satisfação das pessoas colaboradoras e estudantes de grupos racialmente diversos para identificar melhorias ou áreas que necessitam de atenção.
  • Avaliações de Treinamentos: Avaliar a eficácia dos treinamentos antirracistas através de avaliações antes e depois dos programas, medindo mudanças no conhecimento, atitudes e comportamentos.

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