Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – uma série de estudos científicos mostra que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias, alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminui o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol.
Glória Tereza, presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria – Somese – destaca a importância do aleitamento materno. “A criança que é amamentada, adoece menos. Quando você estimula que o bebê fique mais tempo no afago materno, em que é nutrido, termina tendo um impacto muito positivo na sociedade. O que se reflete em uma criança saudável e em uma população com melhor qualidade de vida física, emocional e mental”, afirma.
Para a coordenadora do curso de Enfermagem, professora Maria Pureza de Santa Rosa, além dos bebês, as mães também tem grandes benefícios com a lactação. “A hora da mama é a prova do vínculo afetivo. A amamentação ajuda no reestabelecimento da mulher de forma mais imediata, além da involução interina logo no pós-parto, redução do peso e apresenta queda nos riscos de câncer”, explica.
Ainda de acordo com a OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas por ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva. Além disso, o leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.
A professora Silvia Atanásio, enfermeira e especialista em perinatal, afirma que a imunidade para a criança não vem dentro da lata de leite, quem produz é a mãe. “Converso sempre com as mulheres que o aleitamento materno é uma vacina natural porque o leite está imunizando e, quem está proporcionando isso é a mãe”, garante.
Hora do Mamaço
A Universidade Tiradentes – Unit – abraçou a causa da Semana Mundial de Aleitamento Materno e realizou uma programação voltada para acadêmicas e docentes do curso de Enfermagem que estão gestantes ou em retorno da licença maternidade. O objetivo foi de conscientizar e capacitar futuras profissionais da saúde para multiplicar a importância da amamentação exclusiva até os seis meses da criança.
Em palestra, a professora da Unit Derijulie Siqueira, abordou que uma das maiores angústias das mães é quanto ao retorno do trabalho e manter o aleitamento materno. “As mães ficam preocupadas de como se organizar para voltar à rotina após a licença maternidade. Procuramos ensinar as estudantes e professoras de como tirar o leite, armazenar e orientar o cuidador para oferecer a alimentação para o bebê sem riscos de estragar”, declarou.
Como parte da programação realizada pela coordenação do curso de Enfermagem, um dos laboratórios foi transformado em um ambiente lúdico de apoio para acolher mães e crianças para a hora mamaço, momento instituído para mães amamentarem seus bebês simultaneamente.
O evento contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria, com a participação da Dra. Ana Jovina e da Sociedade Sergipana de Pediatria com a presença das pediatras Dra. Glória Tereza e Dra. Cristina Garcia.