A programação iniciada na noite dessa quarta-feira, 14, prossegue até a sexta-feira, 16, e reúne nas dependências do Campus Farolândia da Unit pesquisadores, professores e acadêmicos em Educação, todos eles interessados em discutir a relação educação/comunicação mediada por tecnologias digitais, e seu impacto no processo de ensinar e aprender.
“Esse é o momento de internacionalização da Universidade Tiradentes, e dentro do processo que já vem sendo discutido há algum tempo, o programa de pós-graduação em Educação participa com a realização de eventos como o Enfope, no primeiro semestre, e a Simeduc, nesta ocasião”, lembra o professor doutor Cristiano Ferronato, coordenador do programa. O docente enaltece a participação do conferencista doutor Antônio Nóvoa na abertura da Simeduc pela sua importância no cenário da discussão sobre os encaminhamentos da educação no Brasil e no mundo. “Além da presença de conferencistas internacionais, o programa, junto com os grupos de pesquisa, fez convênios internacionais enviando seus alunos, enviando professores”, acrescenta o doutor Ferronato ao lembrar que só neste ano o programa recebeu três pesquisadores europeus, sendo um da França, um de Portugal e outro da Espanha.
“Estamos num tempo de grande transição, em que muitas coisas que hoje constroem a história estão em mudança – por causa do digital, pelas revoluções na aprendizagem, no conhecimento e nas formas de acesso ao conhecimento; e que essas revoluções vão mudar muito a estrutura orgânica da escola”, constata o doutor Nóvoa afirmando que para estas mudanças serão necessários professores qualificados e preparados para enfrentar os desafios do futuro. O conferencista salienta que o Brasil tem colocado em execução importantes projetos na área educacional, contudo, o cenário ainda deixa muito a desejar. A alternativa, segundo ele, para a mudança do quadro é que os profissionais da Educação assumam a responsabilidade com medidas efetivas, e nesse aspecto ele aponta a universidade como instituição responsável pela formação de professores para a educação básica, e faz um alerta de que essa mesma universidade tem formado mal os profissionais da área.
A professora doutora Vani Moreira Kenski, conferencista da noite desta quinta-feira, 15, com o tema “Prática de ensinar e aprender com TDCI: o que há de criativo e inovador nessa relação”, avalia que esse é o momento cuja integração entre os educadores se faz necessária para enfrentar as dificuldades.
“Precisamos maximizar o uso com operacionalidade, ou seja: aprender fazendo. Envolver os agentes numa relação teoria e prática com uma aplicabilidade que faça com que as novas gerações vejam a importância do que está sendo ensinado, e que leve a uma reflexão e que esta possa ser aplicada”.
A doutora Vani reconhece que hoje em dia tudo muda com tanta velocidade, que os educadores precisam garantir que os alunos tenham condições de entender melhor o processo, participando dele.