Reunidas no salão de danças do complexo desportivo do Campus Farolândia, as meninas, como sempre são carinhosamente chamadas, estiveram em companhia de professores e alunos dos cursos de Educação Física, Enfermagem e Serviço Social, e demonstraram surpreendente vitalidade na edição 2017 do grito de carnaval.
“O motivo da energia se deve às ações de interação aplicadas pelos professores em suas áreas durante os encontros realizados semanalmente”, explica a coordenadora do Paimi, professora Zulnara Mota. Ela destaca a importância das atividades recreativas no estímulo das idosas. “Em momentos assim percebemos o significado do resgate do imaginário. A satisfação delas se revela nas lembranças dos antigos carnavais e nessa alegria contagiante”, justifica a professora Zulnara.
Delson Lustosa de Figueiredo é professor de Educação Física e vem utilizando a capoeira no desenvolvimento de um projeto pioneiro no País, aplicando a expressão cultural que mistura arte e defesa pessoal com as idosas. “O objetivo é proporcionar uma melhor qualidade de vida a essas pessoas”, diz o docente reconhecendo a importância da prática da capoeira. “É um trabalho novo e no Brasil não existe uma metodologia de ensino da capoeira para o idoso”.
“As atividades recreativas desenvolvidas com os membros do Paimi contribuem para uma melhoria da qualidade de vida e para a saúde tanto física quanto mental”, reforça a Assistente Social da Clínica de Psicologia da Unit Sabrina Barbosa Ferreira.
A professora do curso de Enfermagem Ângela Maria Melo Sá Barros diz que o trabalho desenvolvido com os idosos do Paimi permite uma interação cada vez maior. “Entendemos que a saúde está muito relacionada aos momentos culturais e sociais. E a partir da terceira idade a importância de se valorizar esses momentos de alegria e de socialização é fundamental”, salienta lembrando que o grito de carnaval representa o momento de valorização da autoestima das idosas.