Uma boa história é formada por pessoas. Pessoas que inspiram e que se dedicam diariamente com compromisso e apreço. Histórias que começam a ser escritas desde 1962, com a fundação do Colégio Tiradentes. De lá para cá, são 59 anos de uma trajetória escrita a muitas mãos — dos fundadores, colaboradores e estudantes — e que culmina no Grupo Tiradentes.
Quase impossível é contar histórias sem registros, sem memórias e sem a fotografia. Cada momento carrega consigo uma lembrança. E, se tem uma pessoa que entende bem de fotografia, é a professora Valéria Bonini. Natural de Araraquara, interior de São Paulo, a docente é graduada em Comunicação Visual e traçou um significativo caminho dentro da Universidade Tiradentes. Já são quase 22 anos de atuação na instituição de ensino.
“Como professora universitária, tenho a minha maior formação na Unit. Antes, quando eu morava em São Paulo, era professora de Fotografia. Vim para Aracaju para dar aula nos cursos de Relações Públicas, Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Como minha formação era Comunicação Visual, além da fotografia também abracei outras disciplinas antes de atuar na coordenação”, comenta Bonini.
Em São Paulo, ainda no início da carreira, Valéria chegou a atuar como fotógrafa publicitária, em laboratórios de fotografia, numa agência promocional infantil, como freelancer e no departamento de comunicação de uma estatal. Após um período de carreira promissora, Valéria foi em busca de novas oportunidades.
“Tive uma longa jornada de atuação profissional, entre as possibilidades, voltei para Araraquara para trabalhar, mas sempre em busca de novos horizontes. Tinha uma amiga que semanalmente me enviava os classificados do Estado de São Paulo e eu colocava o currículo onde me interessava”, conta Bonini.
“Foi assim que apareceu, no jornal Folha de S. Paulo, a seleção para professor em Aracaju, mais especificamente na Universidade Tiradentes. Lembro que nunca tinha vindo ao Nordeste. Mas resolvi participar dessa seleção”, acrescenta.
Valéria fez a entrevista e foi selecionada. “Minha família sempre me apoiou em tudo. Meus pais sempre respeitaram as nossas decisões e sempre nos permitiram escolher aquilo que queríamos seguir. Na época, procuramos referências da instituição de ensino e aceitei a proposta”, diz.
“Araraquara foi a cidade em que nasci, São Paulo é a cidade do meu coração e Aracaju, a cidade que eu escolhi para viver. Hoje, sou cidadã aracajuana, que é algo marcante para mim. Sou muito grata à Universidade Tiradentes por ter me acolhido. Fui muito bem recebida, tenho enorme gratidão”, destaca.
Conquistas
Além de docência, Valéria já assumiu a coordenação adjunta e, posteriormente, foi coordenadora dos cursos de Comunicação Social da Unit. Também passou pela Assessoria de Comunicação da instituição e, atualmente, é coordenadora pedagógica, membro do colegiado, atua na gestão do Complexo de Comunicação Social e coordena projetos de extensão, como a Agência Prática Experimental, Unit Notícias e Notícias em 10.
Para a professora Valéria Bonini, a maior conquista durante todo esse tempo foi se tornar uma pessoa melhor. “É um exercício diário, aprender mais do que ensinar. A gente vibra por cada obstáculo vencido. Desde uma transmissão com alunos de nove horas em uma Feivest até uma significativa nota no Enade”, frisa.
“Já são quase 22 anos de um trabalho sincero e honesto e, também, de conquistas. Mas essas vitórias não são só minhas. É algo coletivo, por acreditar nos cursos. Nós, professores, acreditamos na formação profissional, publicitária e jornalística. Acredito na minha equipe e em tudo que fazemos. Isso não tem preço”, garante.
“Uma das coisas que mais admiro como ser humano é a educação e a atenção da família Uchôa. Fico impressionada e me espelho na dedicação de todos. Você percebe o zelo em cada situação e isso é muito importante. Quem me trouxe a Aracaju foi a Universidade Tiradentes. Foi por meio da instituição que me fiz profissionalmente e construí, de certa forma, uma família”, assegura.
Entre os fatos marcantes para Valéria estão as edições da tradicional Feira de Vestibular – Feivest – e o Dia da Livre Iniciativa. “O que mais me toca é a dedicação dos trabalhos. Participei de todos os eventos do Dia da Livre Iniciativa fotografando, e com toda equipe do Unit Notícias e locutores, é algo sensacional. Tudo isso me faz um bem enorme”, completa.
“A realização de um trabalho do professor é contribuir e trocar. Eu acredito nessa troca. Aprendo tanto quanto ensino. Busco contribuir de alguma forma. Em se tratando da fotografia, sempre falo que posso ensinar a técnica e despertar a experiência do olhar. É isso que me atrai, porque cada olhar é individual”, considera.
Curiosidades
Valéria é a única mulher de quatro irmãos, em uma família quase toda de médicos. Bonini chegou a cursar Arquitetura e Urbanismo mas, trancou o curso. “Eu queria fazer a graduação em Moda. Fui fazer cursos livres, porque eu não tinha formação superior, e me deparei com a Comunicação Visual, onde também encontrei a fotografia”, finaliza.