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Centro Histórico de Aracaju: tradição e diversidade 

Para o professor do curso de História da Unit, Rony Rei do Nascimento, uma cidade que não preserva o seu passado é uma cidade desmemoriada.

às 17h45
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Com bastante potencialidade turística devido à diversidade de atrativos e opções de lazer, o centro histórico se constitui em um importante complexo arquitetônico da paisagem aracajuana. Preservar e conhecer cada canto deste local é fundamental para manter viva a tradição da capital sergipana.

“Uma cidade que não preserva o seu passado é, sem dúvidas, uma cidade desmemoriada, sem referência no tempo. Nós, brasileiros, ainda necessitamos da construção coletiva de uma mentalidade preservacionista. Quase sempre desejamos demolir o ‘velho’ em detrimento do novo”, declara o Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista e professor do curso de História da Universidade Tiradentes, Rony Rei do Nascimento.

“A beleza do Centro se sobressai, especialmente, pela arte do final do século XIX e início do XX, o que garante a quem está de passagem pelo centro histórico a sensação de estar em um museu a céu aberto”, acrescenta.

O docente da Unit destaca algumas opções para quem deseja conhecer um pouco mais cada canto do centro. “Temos o Mercado de Artesanato “Thales Ferraz” que disponibiliza bares e restaurantes, lojas de artes locais, cordel, entre outras escolhas.

Nele, o turista pode desfrutar de sua diversidade cultural no que permite a compra de artesanatos, saborear um delicioso beiju, cuscuz, tapioca, frutas da região, caranguejo, dentre outras iguarias. Outra possibilidade é uma das maiores homenagens à cultura popular em Sergipe, o Largo da Gente Sergipana que tem como referência o Lambe Sujo e Caboclinho, São Gonçalo, Taieira, Cacumbi, Chegança, Reisado, Bacamarteiro, Parafuso e o Barco de Fogo, folguedos eternizados em imponentes esculturas às margens do Rio Sergipe, em frente ao Museu da Gente Sergipana”, enfatiza.

Como curiosidade do local, Rony chama atenção para a águia no topo do prédio do Museu da Gente Sergipana. “É um símbolo do progresso e representação de uma inovação que o então Presidente Graccho Cardoso buscava trazer para Sergipe. No prédio que hoje abriga o Museu da Gente Sergipana funcionava o Atheneu Pedro II. Situado na Avenida Ivo do Prado, o Atheneu foi considerado um dos mais belos edifícios da capital sergipana. Prédio de arquitetura eclética, com elementos do Barroco, da arquitetura Medieval e clássica, foi construído com o objetivo de cumprir o seu papel educacional”, revela.

Roteiro de pontos turísticos

 Rony Rei do Nascimento sugere um roteiro de pontos turísticos que guardam uma beleza histórica para quem deseja visitar o Centro de Aracaju.

  • Centro de Turismo e Comercialização Artesanal, abrigado na extinta Escola Normal “Ruy Barbosa”;
  • Prédio do Palácio Olímpio Campos, localizado na Praça Fausto Cardoso;
  • Ponte do Imperador Dom Pedro II;
  • Prédio do Palácio Fausto Cardoso que abrigava a sede da Assembléia Legislativa;
  • Palácio Carvalho Neto, atual Delegacia do Ministério da Fazenda;
  • Prédio do Antigo Tribunal de Justiça, atual Vice Coordenadoria do Estado/Procuradoria Geral do Estado;
  • Prédio do Antigo Tribunal de Justiça;
  • Prédio do Antigo Tesouro do Estado, atual Câmara Municipal de Aracaju;
  • Prédio do Juizado de Menores (Fórum Desembargador José Fernandes Prado Vasconcelos, atual sede do Memorial do Judiciário);
  • Catedral Metropolitana que apresenta uma arquitetura religiosa da segunda metade do século XIX;
  • Prédio da Antiga Alfândega de Aracaju que apresenta uma arquitetura de caráter institucional.

 

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