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Sabia que o sistema imunológico também envelhece?

O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional do organismo. 

às 10h22
Professora doutora Maria Fernanda Malaman
Professora doutora Maria Fernanda Malaman
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A pandemia do novo coronavírus ligou um alerta para toda a sociedade. Os cuidados com a saúde eram constantes e a preocupação com a imunidade também aumentou. Os chamados grupos de risco como os idosos eram os mais acometidos com a doença.

“A pandemia por Covid-19 ressaltou a vulnerabilidade dos idosos em relação às doenças infecciosas, possibilidade de evolução para quadros graves e diminuição à resposta vacinal”, declara a professora da Universidade Tiradentes, Maria Fernanda Malaman.

Mas, se processo de envelhecimento faz parte da realidade da vida, como fica o sistema imunológico com o passar do tempo?

“O mundo está envelhecendo e o envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional do organismo – senescência – que, em condições normais, provoca apenas limitações”, explica a especialista.

No entanto, de acordo com a especialista, o envelhecimento é um processo que envolve complexas mudanças que afetam a integridade de diversos tecidos.

“O sistema imune não é uma exceção e as alterações imunológicas observadas no envelhecimento são chamadas de imunossenescência”, salienta a docente da Unit.

“O envelhecimento imunológico está associado ao progressivo declínio de sua função. Com isso, há um aumento da suscetibilidade a infecções, doenças autoimunes e câncer, além de redução da resposta vacinal. As principais funções do sistema imunológico são combater os agentes infecciosos e eliminar células malignas”, acrescenta.

A professora Maria Fernanda Malaman também chama a atenção para o efeito das vacinas durante o processo de envelhecimento. “Vacinas estimulam o sistema imunológico e protegem contra doenças. Todos devem estar com seu calendário vacinal completo e atualizado, não apenas para evitar a disseminação e os casos graves do novo coronavírus”, frisa.

“Com o passar dos anos, não só a memória celular sobre como responder às infecções e às vacinas tende a se perder, como infecções inativas podem se reativar. Essas alterações, associadas a comorbidades, comuns em idosos, aumentam o risco de complicações. Além disso, quem está com as vacinas incompletas põe em risco não apenas a si próprio, como pode se tornar um disseminador de doenças, em especial para os grupos mais suscetíveis”, finaliza.

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