Neste mês de fevereiro são comemoradas duas datas importantes, feitas para relembrar a importância do combate e da prevenção da doença. Na última semana, 4, foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer e no próximo dia 15 é comemorado o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. E muito é falado sobre a diminuição do consumo de carne vermelha e outras proteínas para a prevenção da doença, mas, será que isso se aplica também a pessoas já diagnosticadas com câncer?
Uma dieta nutritiva é sempre recomendada por médicos e nutricionistas para que o organismo funcione da melhor forma possível A boa nutrição é ainda mais importante para as pessoas que sofrem de câncer e estão passando por tratamentos como quimioterapia e radioterapia. De acordo com especialistas, um regime alimentar sadio pode ajudar a manter o vigor, evitando a degeneração dos tecidos do corpo e ajudando a reconstruir aqueles que o tratamento do câncer possa ter prejudicado.
Dentre os alimentos e nutrientes que podem vir a possuir um papel importante nesta dieta, as proteínas ganharam destaque após segundo um recente estudo publicado na revista científica Clinical Nutrition. Ele revela que, para a função estrutural de formação muscular, os aminoácidos de origem animal possuem uma maior qualidade do que aqueles vindos de vegetais. Em conclusão, as proteínas de origem animal fornecem mais estímulos para o aumento muscular do que as de origem vegetal, tornando a necessidade proteica de pessoas com câncer maior do que a de pessoas saudáveis.
O mais importante, para médicos e especialistas, é garantir a obtenção das calorias e proteínas necessárias para manter o corpo forte durante o tratamento. Devido a questões causadas por efeitos colaterais da doença como condições inflamatórias, redução do apetite, baixa adesão à atividade física e efeitos do tratamento, a perda de fibras musculares pode ajudar a reduzir a massa muscular, o que piora o quadro do paciente oncológico.
O estudo da Clinical Nutrition, garante que uma combinação de proteínas de origem animal (65%) e vegetal (35%) parece ideal para a saúde muscular e para evitar a desnutrição durante o tratamento do câncer. Além disso, a eliminação de proteínas animais da dieta não é uma mudança nutricional recomendada a ser seguida durante o tratamento ativo do câncer, sempre acompanhada de um profissional responsável e capacitado para tais indicações.