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Praticar atividades físicas aos fins de semana garante qualidade?

Atividades físicas realizadas exclusivamente aos fins de semana podem ser benéficas para o bem-estar e socialização dos ‘atletas’

às 14h01
Professor de Educação Física, Madson Rodrigo
Professor de Educação Física, Madson Rodrigo
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Atletas de fim de semana são pessoas que não costumam praticar atividades físicas durante a semana, e por isso, aproveitam o sábado e o domingo para se exercitarem. Pode parecer que essa atitude é benéfica para a saúde, no entanto ela esconde alguns riscos que precisam ser considerados. Nem sempre se exercitar apenas dois dias na semana é uma boa alternativa, principalmente quando o esforço realizado é muito intenso.

Para entender melhor sobre as implicações de ser atleta de fim de semana, o professor de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Madson Rodrigo, explica como a prática de exercícios aos fins de semana atua, com algumas ressalvas, em benefício do bem-estar. 

“A princípio, vamos falar do conceito de saúde, que vai além da saúde física, da famosa ausência de doença. A saúde, em seu conceito atual, envolve o bem-estar. Seja no âmbito físico, mental, psicológico, social. Nesse conceito, o ‘atleta’ de fim de semana, que volta feliz por ter ganhado um jogo, por ter nadado, por ter acertado um corte ou um bloqueio num jogo de vôlei, está desenvolvendo benefício em seu bem-estar, mesmo que não esteja melhorando suas capacidades físicas se comparado a um atleta de rendimento”, aponta o professor Madson Rodrigo.

Praticar exercícios exclusivamente aos fins de semana melhora a saúde, mas é importante tomar cuidados para não exigir demais dos músculos e coração. “Devido à falta de regularidade, o corpo de quem faz esporte só aos finais de semana não se adapta ao esforço e acaba sofrendo com o exercício. Dores e lesões musculares, tendinite, fadiga extrema, tontura, desmaio e até morte súbita são alguns dos riscos que podem afetar os atletas descompromissados”, explica o professor Madson.

Benefícios das atividades físicas

Ainda de acordo com o professor Madson Rodrigo, o melhor cenário para praticar exercícios é o que atenda aos objetivos de quem procura a prática regular de atividade física, sendo que o primeiro ponto é a orientação de um profissional de Educação Física, que conheça as nuances de uma prescrição com base nos objetivos e planejada a partir avaliação adequada dos fatores físicos, estruturais, patológicos e fisiológicos do sujeito.

“Com esses pré-requisitos a atividade física vai gerar ganhos significativos e contínuos em forma de resposta aos estímulos prescritos pelo profissional de educação física de maneira específica para o praticante, na dosagem correta de volume e intensidade para uma satisfatória adaptação fisiológica e psicológica”, aponta o professor Madson Rodrigo.

A prática de atividade física indicada é a que possa ter uma regularidade e assim, gerar benefícios contínuos, progressivos e que podem ser vistos e percebidos, pelos praticantes e pelos seus entes próximos, cuja recomendação é de 150 a 300 minutos semanais, com base na Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Atividades essas que tragam a alegria e o bem estar ao praticante e que devem partir da vontade e desejo da pessoa. Aí sim, a partir da continuidade, se tornando cultura do movimento e promovendo saúde física, mental e social à toda sociedade”, finaliza o professor Madson Rodrigo.

Prós e contras 

Para o professor Madson, os pontos positivos envolvem diversos benefícios; “o prazer no encontro com amigos, a brincadeira e a resenha pós jogo, até a à a liberação dos hormônios do prazer durante a atividade, a ativação muscular e da rede circulatória, além de diversas outras sensações que ocorrem durante a prática da atividade física”.

Já os pontos negativos, podem estar relacionados com lesões ou patologias que venham a ocorrer em virtude do corpo não estar adaptado ao stress físico sofrido na ocasião. “Seja um músculo encurtado que pode entrar em distensão, uma entorse ou até uma fratura por estresse, alguma patologia fisiológica, pela alta variação no sistema cardiorrespiratório, mas que na maioria dos casos tem uma baixa prevalência, até porque esse público, não entra em atividade com alta intensidade por um longo tempo, “o corpo destreinado, cansa rápido”, conclui o professor de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Madson Rodrigo.

 

Com informações do Viva Bem Uol

 

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