ESTUDE NA UNIT
MENU

Preto, pardo e negro: entenda quais são as diferenças 

Historicamente, a ideia do pardo como uma “cor e raça” surgiu no Brasil durante o período colonial, sendo registrada por Pero Vaz de Caminha em 1500.

às 13h31
Imagem: Freepik
Imagem: Freepik
Compartilhe:

No Brasil, parece não haver um consenso sobre como definir pessoas pardas. Essa incerteza de pertencimento é muito mais comum do que se imagina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, uma pessoa parda é considerada mestiça, pois apresenta uma mistura acentuada entre uma ou mais etnias. 

De acordo com o IBGE, o pardo é um dos cinco grupos de cores étnicas que compõem a população brasileira, juntamente com os brancos, pretos, amarelos e indígenas. 

O termo preto toma como referência a ascendência oriunda de nativos da África. Independentemente de seu território ou construção social, pelo fenótipo manifestado por sua pele de cor escura.

Pardo é uma pessoa com diferentes ascendências étnicas e que são baseadas numa mistura de cores de peles entre brancos, negros e indígenas. Essa miscigenação engloba:

  • Descendentes de negros e brancos
  • Descendentes de negros com indígenas
  • Descendentes de índios com brancos
  • Além de todas as outras possíveis interações inter-raciais diretas ou indiretas.

Já o conceito de negro é definido pelo Estatuto da Igualdade Racial como: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE, ou que adotam autodefinição análoga.

Há argumentos contrários à classificação de pretos e pardos em um mesmo grupo. Uma pesquisa realizada pela Agência Senado e demais estudiosos, afirma que pretos sofrem muito mais discriminação. E, segundo a teoria do Colorismo, quanto mais escura a cor da pele de uma pessoa, maior o racismo sofrido em nossa sociedade.

Quem é considerado preto ou pardo?

Segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), realizada por Rafael Osório, existem três métodos de identificação racial:

  • Autoatribuição de pertença ou autoidentificação: o próprio sujeito identifica o grupo ao qual se considera membro;
  • Heteroatribuição de pertença ou heteroidentificação: outra pessoa identifica o grupo ao qual o sujeito pertence;
  • Identificação biológica: feita por meio de análise genética.

O sistema classificatório do IBGE utiliza simultaneamente os métodos da autoidentificação e heteroidentificação.

Com informações do portal Diferença, Estatuto da Igualdade Racial, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Agência Senado

 

Leia mais: História e Cultura Afro-Brasileira resgata raízes africanas e indígenas

Compartilhe: