A cirurgia bariátrica e metabólica, também conhecida como cirurgia da obesidade, gastroplastia ou redução de estômago, é destinada, principalmente, ao tratamento da obesidade mórbida. No entanto, ela também é recomendada para quem convive com doenças relacionadas com o excesso de gordura corporal ou acentuadas por ela.
De acordo com estudos científicos produzidos pelo Ministério da Saúde em torno do método utilizado, apontam que os órgãos afetados pela cirurgia são capazes de produzir substâncias hormonais que alteram o equilíbrio corporal. Porém, não de forma negativa, mas trazendo benefícios para as pessoas obesas. No entanto, por esse mesmo motivo, a cirurgia bariátrica também passou a ser recomendada para pacientes com doenças endocrinológicas, como diabetes, hipercolesterolemia e até hipertensão.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, na maior parte dos casos, a cirurgia é um processo bastante invasivo. Sendo prescrita como uma solução para quem já tentou outros caminhos e não conseguiu respostas positivas. E só deve ocorrer depois de uma avaliação médica atenta e multiprofissional. A realização só deve acontecer quando cirurgião, nutricionista, psicólogo, cardiologista e outras especialidades atuam no caso.
A necessidade do envolvimento de tantas especialidades para a realização da cirurgia bariátrica se dá porque o paciente passa por uma imensa alteração de rotina alimentar e corporal. Essas mudanças exigem muita disciplina e conhecimento sobre o próprio corpo e uma boa dose de autocuidado.
Cirurgia bariátrica
Segundo informações do Ministério da Saúde, a gastroplastia é recomendada para pessoas obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40. Ou para pessoas que tenham o IMC acima de 35 com doenças associadas. São elas: diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco e esteatose hepática, entre outras.
A obesidade grave definida pelo IMC acima de 35 kg/m2 associada a comorbidades (doenças causadas ou agravadas pela obesidade). O destaque é a indicação da cirurgia para pacientes com IMC abaixo de 35 kg/m2, mas com diabetes tipo 2 mal controlada, chamada de cirurgia metabólica, pois o principal objetivo é o controle do diabetes.
Como é feita a cirurgia bariátrica?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia existem três procedimentos básicos para a cirurgia bariátrica e metabólica. Cada um deles pode ser realizado com diferentes abordagens.
Os tipos são:
Restritiva: é a cirurgia que reduz a porção de alimento que o estômago é capaz de absorver. Com tal restrição, há a sensação de saciedade precoce;
Disabsortiva: é aquela que realmente reduz o tamanho e a capacidade do estômago de receber os alimentos. Ela altera drasticamente o trato digestivo, pois realiza um desvio intestinal que diminui o tempo do alimento no trânsito do intestino delgado;
Técnica Mista: é a cirurgia mais realizada no Brasil e possui um enorme grau de satisfação. Ela restringe a capacidade do estômago de receber o alimento, mas também possui um desvio curto do intestino com reduzida absorção.
Já sobre as abordagens, elas podem ser feitas tanto por corte abdominal quanto por videolaparoscopia, em que pequenos cortes são realizados durante o procedimento.
Pós-cirúrgico
Antes, durante e depois do procedimento o paciente precisa estar ciente dos cuidados, das restrições e da rotina clínica para acompanhamento de toda a equipe médica, lembrando que ela é multidisciplinar e deve ser bastante rigorosa.
Entretanto, a cirurgia bariátrica é um procedimento seguro. Para que o paciente consiga reduzir o sobrepeso e mantê-lo, vai exigir bastante dedicação. Além disso, é comum que alguns efeitos colaterais, como anemia ou distúrbios emocionais, ocorram ao longo da recuperação. Portanto, a equipe médica é sua grande aliada em toda essa trajetória.
Com informações do Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Leia mais: Dietas que prometem emagrecimento rápido podem causar prejuízos à saúde