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Como curtir o Carnaval sem deixar a peteca cair

Confira dicas sobre cuidados com o condicionamento físico, alimentação saudável e como evitar assédio no Carnaval.

às 12h45
Imagem: Freepik
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O Carnaval é uma festa que movimenta a economia e o turismo em diversas cidades brasileiras, além de ser o período mais aguardado pelos carnavalescos de plantão. Eles vão atrás dos trios elétricos, pulam os bloquinhos e curtem cada segundo da folia. Mas, para aproveitar da melhor forma é preciso alguns cuidados: hidratação, alimentação correta e atenção ao condicionamento físico são muito importantes para brincar o carnaval.

De acordo com a professora do curso de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Thaysa Passos Nery Chagas, para quem não tem preparo físico, principalmente, é preciso tomar alguns cuidados para evitar lesões. “É importante ter consciência do nível de condicionamento para não exceder a dose. O que é comum no Carnaval. Passamos muitas horas caminhando, dançando, motivados pela folia e isso pode resultar em dores musculares”, alerta.

Trajes e calçados também interferem na saúde física durante as brincadeiras carnavalescas. “O ideal é optar por roupas leves e de tons claros. Roupas pesadas e escuras acumulam e dificultam a dissipação do calor, aumentando a temperatura corporal e com isso, o corpo produz mais suor para tentar resfriar, fazendo com que desidrate mais facilmente”, sugere.

“Já o calçado, é bem interessante o uso de tênis com algum tipo de amortecimento, pois reduz o impacto nas articulações. Pés protegidos e preparados para correr atrás do trio, muita dança e diversão”, acrescenta Thaysa.

Alimentação

A ingestão de água é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Durante o Carnaval, também pode-se investir na água de coco e nos sucos de frutas. E para quem gosta de uma cervejinha, a dica é intercalar o consumo com a ingestão de água, já que bebida alcoólica em excesso pode desidratar o corpo e estragar o momento. A professora ainda dá outras dicas como dormir melhor e ingerir alimentos saudáveis.

“Durante o carnaval, mudamos a rotina, dormimos menos, aumentamos o desgaste físico, ingestão de bebidas alcoólicas… tudo isso colabora para aumentar os níveis de cortisol, um hormônio imunossupressor, e isso pode afetar diretamente o sistema imunológico, abrindo portas para doenças. Por isso, é importante reforçar a qualidade do sono, a alimentação saudável e aumentar os níveis de hidratação”, adverte.

Os alimentos energéticos também são indispensáveis para pular o Carnaval sem deixar a peteca cair. Arroz, massas, cereais e barra de cereal são alguns exemplos. Alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados pois demoram mais tempo a digestão, podendo causar sonolência e estragar a festa.

Outros cuidados

Com a alimentação em ordem, é bom lembrar também que o período é de muito sol e calor. Um filtro solar com FPS30, no mínimo, tem que fazer parte do kit carnavalesco, reaplicando a cada duas horas. E tem mais! O Carnaval é um período de muita azaração, por isso, é bom ficar de olho no risco de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (ISTs). O uso de preservativos é indispensável para ocasiões como essas e devem estar ao alcance de homens e mulheres.

Assédio no Carnaval

O assédio sexual é uma ‘dor de cabeça’ para quem gosta de curtir o Carnaval. “É um problema estrutural que atinge homens e mulheres. Mas apesar disso, a questão de gênero tem um peso que precisa ser considerado. Isso porque, historicamente corpos femininos e pertencentes à população LGBTQIAP+ são lidos e tratados como sexualmente vulneráveis e passíveis de serem dominados, logo assim assediados livremente”, comenta a doutoranda em Direitos Humanos pela Unit, Fernanda Matos.

Tratado muitas vezes como brincadeira, ela existe que existe limite entre o que é assédio e o que é brincadeira. “O assédio se configura a partir da insistência, perseguição e invasão de espaço pessoal da pessoa, seja quando existiu uma negativa ou pela ausência de possibilidade de resistência a essa invasão. O limite é a expressão do consentimento claro ou o respeito à vulnerabilidade da pessoa. Dessa forma, qualquer passo tomado após o “não” é assédio, é importunação e não se confunde em nada com brincadeira, pois está violando e constrangendo o outro”, considera.

“O básico é considerar o limite e a vontade da outra pessoa, além de respeitar situações de vulnerabilidade, a exemplo de pessoas que estejam sob efeito de bebidas alcoólicas. O caminho é ter cuidado ao demonstrar seu interesse sexual em alguém, o qual é natural do ser humano, de forma a respeitar a possibilidade do outro demonstrar reciprocidade para que a interação seja a mais saudável possível”, salienta Fernanda.

 

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