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Inova Tiradentes completa um ano e desenvolve mais de 300 projetos

Método implementado em seis cursos da Unit envolveu mais de 1.100 alunos em projetos desenvolvidos com 80 parceiros; mais seis cursos serão integrados ao Inova em 2024

às 12h52
O Projeto Inova Tiradentes foi implementado em 2023, com a reformulação de seis cursos da Unit, e já desenvolveu mais de 300 projetos de pesquisa e extensão (Asscom Unit)
O Projeto Inova Tiradentes foi implementado em 2023, com a reformulação de seis cursos da Unit, e já desenvolveu mais de 300 projetos de pesquisa e extensão (Asscom Unit)
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Um novo paradigma para aprimorar a qualidade da formação dos alunos no nível superior. Assim é o Projeto Inova Tiradentes, que está completando um ano de implementação na Universidade Tiradentes (Unit). Baseado na metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), considerada uma das mais eficazes do século XXI, ele já teve a participação de 34 professores e 1.144 estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Psicologia, Administração, Engenharia Mecânica e Direito.

Trata-se de um modelo inovador, que aumenta a motivação dos estudantes em aprender, trabalhar em equipe e desenvolver habilidades colaborativas, preparando-os para responder aos desafios do mundo e do futuro. Um dos focos é contribuir para o alcance das metas e objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, instituída pelas Nações Unidas para promover a melhoria de indicadores e políticas públicas e qualidade de vida em todos os países. 

“A educação não é somente para o mundo do trabalho, mas para a vida. Então, deixa de ser aquela formação somente academicista, pensar intramuros. A gente tem que pensar para fora, a gente tem que pensar para o mundo. Nosso compromisso é formar gente comprometida com a mudança de uma sociedade que esteja cada vez mais consciente com seu papel na melhoria das condições para a vida do planeta, não só para mim, mas para as gerações que estão chegando.  E quando o aluno concluir o seu curso, que ele possa estar seguro sobre a sua atuação na sociedade e possamos também ter contribuído com o projeto de vida de cada um dos nossos alunos”, ressalta a pró-reitora de Graduação, professora Arleide Barreto. 

Nos dois primeiros semestres, as turmas desenvolveram 331 projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos dentro de cada turma. Eles foram desenvolvidos em parceria com um total de 80 parceiros estrategicamente escolhidos para possibilitar o contato dos alunos com o mercado de trabalho. A lista inclui empresas de diversas áreas de mercado, entidades da sociedade civil, órgãos públicos, ONGs e lideranças comunitárias que firmam parceria com a Unit, através de seus professores e ou de seus núcleos de extensão. 

Parte desses projetos foi apresentada nas duas edições da Mostra PIPEX (Mostra de Práticas Inovadoras de Pesquisa e Extensão), sendo a mais recente delas no último dia 1º de dezembro. Além de apresentarem os projetos desenvolvidos com a supervisão e acompanhamento dos professores, os alunos integrantes do Inova, também demonstraram como a metodologia vem os impactando positivamente. Para a gerente de Avaliação e Acreditação da Pró-Reitoria de Graduação da Unit, professora Michelline Simões do Nascimento, o processo de aprendizado de quem passa pela ABP é bastante rico e vem sendo construído de forma gradativa em cada aluno. 

“A gente conseguiu perceber a materialização desse processo de aprendizagem tão rico que a metodologia de ABP constroi gradativamente nesses estudantes. Perceber o desenvolvimento deles, as competências de liderança, de gestão de tempo e de autoconhecimento, que são ferramentas hoje imprescindíveis para qualquer profissional que queira atuar no mercado de trabalho. Foi de fato gratificante para todos esses atores que literalmente abraçaram o projeto”, diz ela, acrescentando que “o saldo ao longo desse primeiro ciclo é perceber que aquilo que está posto nos documentos se concretiza no dia a dia de sala de aula desses estudantes”. 

Ainda de acordo com Micheline, o protagonismo de cada estudante para que ele construa os seus processos de aprendizagem se firmou como um dos grandes diferenciais do Inova em consequência, da própria Unit. “Promover nesse aluno e dar o protagonismo para que eles construam os seus processos de aprendizagem alicerçados nas ferramentas que a instituição disponibiliza, mas que eles saibam também fazer juízo de valor dessa mudança que eles estão vivenciando porque esses alunos saem das escolas dentro de uma metodologia tradicional”, disse ela, apontando ainda que cada professor atua no Inova como um mediador, orientador e facilitador de tudo o que será desenvolvido. “Todos esses elos se unem para que o aluno seja o protagonista do seu processo de aprendizagem, do seu processo de crescimento profissional”, completa.

Aprendendo com a comunidade

Dentro do Projeto Inova Tiradentes, a realização dos projetos de pesquisa e extensão ocorre como parte das atividades de cada semestre letivo, como forma de uma melhor assimilação dos conteúdos ensinados em aula. Na prática, estes projetos representam uma intervenção concreta e direta em comunidades e localidades, a partir de problemas ou questões reais apresentadas pelos parceiros da Unit no projeto. 

O professor Ronaldo Linhares, pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão destaca que o Inova efetiva a extensão como um dos tripés da Universidade, além de representar uma mudança conceitual de aprendizagem e formação acadêmica. “As ações se realizam efetivamente, por um lado, na visão do aluno em relação à comunidade, à consciência de seu papel político como sujeito que pode contribuir desde sua formação para a transformar a realidade. Por outro lado, a comunidade se apresenta com sua realidade, seus problemas e dificuldades e olha a universidade como um instituição parceira que oferece seu conhecimento científico para fortalecer a comunidade e apoiá-la em sua capacidade de autonomia, criatividade e resolução de problemas”, pontua ele. 

Os projetos desenvolvidos pelos alunos e professores são os de escopo aberto, que são vivenciados não só em empresas, mas na comunidade como um todo, e também os de escopo fechado, no qual o aluno assimila os conteúdos já desenvolvidos pela ciência e pela literatura específica de cada área do conhecimento. “Ele aprende quais são os conteúdos que vão subsidiar, para que ele compreenda porque é que aquilo ali existe e como ele vai solucionar”, explica Arleide Barreto, acrescentando que o Inova conta ainda com o Com VC, componente de vida e carreira que traz elementos importantes na formação do aluno. “Cada um vai escolher os componentes [curriculares] de acordo com o caminho e a linha de formação que ele quer trilhar”, detalha.  

Perspectivas 2024

Para o ano de 2024, o Inova deverá ser implementado em mais seis cursos. Três deles já começam, a partir deste primeiro semestre: Estética e Cosmética, Fisioterapia e Nutrição. Já no segundo, será a vez dos cursos de Tecnologia: Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Ciências da Computação e Sistemas de Informação). 

A escolha dos cursos para o projeto é alinhada a um planejamento estratégico que busca contemplar as necessidades reais e atuais do mercado de trabalho. “São cursos que têm histórico consolidado na instituição e com muitas práticas e projetos estratégicos. A exemplo da Fisioterapia, que tem aquele espaço do [Centro de Educação e Saúde] Ninota Garcia, em que muitos projetos vão acontecer e com muitas práticas de extensão também sendo atendidas ali para aquele público”, explica Michelline. 

O segundo ano do Inova também traz perspectivas de um maior aperfeiçoamento das práticas e do funcionamento, buscando acompanhar o que há de novo no cenário educacional. Isso também passa pela possibilidade de novos cursos da Unit serem agregados ao projeto, bem como pela formação continuada de professores e gestores. 

“É uma roda que se retroalimenta o tempo inteiro e que envolve, principalmente, formação continuada desses atores, preparação de ambientes acadêmicos para receber esses novos cursos. Porque o cenário educacional evolui com bastante velocidade, novas metodologias se usam, tecnologias também se usam e a gente precisa estar atento a tudo que está por vir para que a gente esteja preparado e utilizar esses recursos da melhor maneira, incorporando o projeto sem macular aquilo que é a essência dele, que é a metodologia de Aprendizagem Baseada em Projetos”, conclui a gerente.

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