Sergipe vive um momento de efervescência no setor de óleo e gás. A descoberta de expressivas reservas de gás natural em águas ultraprofundas e a retomada das atividades de exploração terrestre configuram um cenário promissor para o estado, que se prepara para se tornar um novo polo energético no Brasil. Neste contexto, a Universidade Tiradentes (Unit) foi palco de uma reunião para discutir as perspectivas e o futuro da Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, com foco nas oportunidades de crescimento no ecossistema de óleo e gás em Sergipe.
O pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unit, Ronaldo Linhares, destacou a importância de estabelecer uma rede colaborativa entre diversas instituições, reconhecendo o papel vital do estado, instituições públicas e privadas nesse processo. Durante a reunião, ele também apresentou duas estratégias principais para o crescimento da pós-graduação na Unit.
“A estratégia que estamos adotando consiste em dois movimentos principais. O primeiro é focado no fortalecimento interno do Grupo Tiradentes, integrando as estratégias do Tiradentes Inovation Center (TIC), juntamente com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e dos programas de pós-graduação lato e stricto sensu. Isso envolve parcerias entre o TIC na área de Tecnologia da Informação e Inovação, o ITP com pesquisa e laboratórios, e a universidade com a formação. A segunda estratégia é buscar parcerias externas, como a negociação com a Secretaria de Ciências e Tecnologia para oferecer serviços, além de convidar empresas para conhecer o universo de tecnologias e inovação que oferecemos, visando entender suas demandas e desafios para pensar em soluções”, detalha.
Próximos passos
Linhares afirma que algumas negociações estão em andamento com empresas da área de petróleo e gás em Sergipe e após receber o feedback, a Universidade Tiradentes planeja mobilizar sua expertise em pesquisa, pós-graduação e extensão. Os esforços incluem cursos de especialização, disciplinas isoladas e cursos de curta duração para atender às demandas do setor.
“A pós-graduação tem pensado em ouvir, construir alternativas para essas demandas e oferecer essas alternativas. Temos um tripé muito importante que é a pesquisa, a pós-graduação e a extensão, portanto pretendemos trabalhar dentro desse tripé oferecendo serviços no campo da pesquisa. Nós temos desde os alunos de mestrado até os alunos de pós-doutorado que podem ser envolvidos dentro dessa perspectiva do ecossistema, principalmente nos cursos mais específicos, como os de engenharia de biotecnologia. Esses planos ainda estão em andamento, e dependem das estratégias que estamos formatando agora a partir dessas parcerias”, projetou Linhares.
Com a expectativa de crescimento na produção de gás, a universidade espera um aumento nas bolsas de Iniciação Científica (IC) para alunos de graduação e mais projetos com editais direcionados. “Tudo isso faz parte de toda essa proposta que está se constituindo em termos de políticas, tanto as estratégias de planejamento interno da nossa universidade quanto às políticas públicas que estão sendo colocadas. Nós esperamos que haja uma ampliação dessa oferta de bolsas para os dois níveis da pós-graduação à graduação, incluindo a iniciação científica júnior com ensino médio envolvido. Portanto, esperamos um incremento na oferta de bolsas e também no apoio aos projetos de pesquisa mais específicos”, elenca o pró-reitor.
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