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Estudante de Engenharia Mecatrônica desenvolve projetos com foco em um futuro sustentável

Um dos projetos busca otimizar a captura de CO2 presente no gás natural associado ao petróleo do pré-sal

às 20h49
Carlos Eduardo de Oliveira Teixeira Dias- Estudante de Engenharia Mecatrônica
Carlos Eduardo de Oliveira Teixeira Dias- Estudante de Engenharia Mecatrônica
Reprodução: Brasil Escola
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A emissão de gases de efeito estufa, como o CO2, é um dos principais desafios do século 21. No Brasil, a produção de petróleo do pré-sal, embora represente uma importante fonte de recursos para o país, também contribui para a intensificação desse problema.  Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelam que, em 2022, a emissão de CO2 na produção de petróleo no Brasil foi de 10,6 milhões de toneladas, sendo que 40% desse total correspondem ao pré-sal.

Nesse contexto, o estudante do 10º período de Engenharia Mecatrônica da Universidade Tiradentes (Unit), Carlos Eduardo de Oliveira Teixeira Dias, está desenvolvendo, por meio da Iniciação Científica, um projeto que busca otimizar a captura de CO2 presente no gás natural associado ao petróleo do pré-sal. O projeto está vinculado ao Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos (PEP) da Unit, em parceria com o Instituto Tecnológico de Pesquisas de Sergipe (ITP) e com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Atualmente eu estou trabalhando em dois projetos em paralelo. O primeiro visa a otimização da captura de CO2 e, simultaneamente, iniciei os estudos para a adaptação de um espectrofotômetro de infravermelho próximo, que auxiliará nos estudos do petróleo do nosso pré-sal. Projeto esse que surgiu da parecia do ITP com a ANP, visando o emprego de câmeras hiperespectrais para aprimorar a capacidade de análise e detalhamento das transições de fases do petróleo”, explica.

O projeto de Carlos se baseia em um processo inovador de captura de CO2 por meio da adsorção em membranas. “A longo prazo, minhas pesquisas terão um impacto positivo, tanto na diminuição da concentração de CO2 na atmosfera, quanto na melhoria da qualidade do petróleo extraído”, elenca.

Benefícios para o meio ambiente e para a indústria

Para o meio ambiente:

  • Redução das emissões de CO2, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas;
  • Melhoria da qualidade do ar, diminuindo a poluição atmosférica.

Para a indústria do petróleo:

  • Aumento da eficiência da produção, reduzindo custos e perdas;
  • Maior competitividade no mercado internacional, atendendo às crescentes demandas por energia limpa;
  • Geração de novos negócios e oportunidades na área de captura e armazenamento de carbono.

Pesquisa e futuro acadêmico

A paixão de Carlos Eduardo pela pesquisa começou cedo. Desde pequeno, ele sempre teve curiosidade em saber como os robôs e os eletrônicos funcionavam. No ensino médio, ele decidiu buscar um curso que lhe possibilitasse explorar essa paixão e foi aí que encontrou a Engenharia Mecatrônica.

“Minha vida na pesquisa começou através da indicação de um amigo que me levou ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Engenharia Mecatrônica e de Controle (NUESC) da Unit. Desde o primeiro contato, fiquei encantado com todas as oportunidades que existem lá”, conta.

O estudante ressalta a importância da iniciação científica para jovens que desejam seguir carreira na pesquisa. “Com a iniciação científica, o aluno pode ter um contato direto com o que há de mais novo em termos de desenvolvimento tecnológico, em diversas áreas. Durante o período de pesquisa, o discente tem a oportunidade de aplicar muito daquilo que foi visto em sala de aula, inovando e desenvolvendo tecnologia de ponta”, afirma.

A universidade desempenha um papel fundamental na formação de Carlos, proporcionando a base necessária para iniciar sua trajetória na pesquisa. Ele destaca que a continuidade de seus estudos está nos planos futuros. “Após a graduação eu pretendo continuar com a pesquisa, sempre pensando em contribuir com o meio acadêmico e com a sociedade em geral”, elenca.

Além dos projetos destacados, o futuro engenheiro já participou do desenvolvimento de uma válvula automatizada de baixo custo para auxiliar na extração de biodiesel em altas pressões. Seus esforços demonstram não apenas uma dedicação à pesquisa, mas um compromisso em buscar soluções inovadoras para desafios do mundo real.

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