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“[A IC] me mostrou a necessidade da ciência na busca de soluções”, diz mestranda.

Segundo a bióloga Bianca Lopes, participar da IC deu base para tudo o que conhece sobre Ciência. Atualmente, é mestranda em Saúde e Ambiente.

às 13h41
Imagem: Freepik
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A Iniciação Científica é um instrumento essencial para o desenvolvimento de pesquisas que impactarão na saúde da população, além de formar recursos humanos qualificados. Foi assim que a história da mestranda Bianca Lopes começou. Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Tiradentes (Unit), ela se interessou pela pesquisa ainda na infância e iniciou a sua trajetória como pesquisadora na IC estudando a esquistossomose.

“Meu interesse na pesquisa surgiu ainda quando criança, pois acompanhava minha tia nas aulas de laboratório, gostava de estar junto e de participar dos experimentos que ela fazia na universidade. Aquilo me deixava extremamente curiosa e como sempre fui uma pessoa questionadora, estava sempre perguntando o porquê das coisas que ela pesquisava e estudava. Acredito que esses momentos foram essenciais para que eu pudesse escolher e seguir a profissão de bióloga e pesquisadora”, conta.

Segundo a bióloga, participar da IC deu base para tudo o que conhece sobre Ciência. “Foi através da Iniciação Científica que desenvolvi habilidades em pesquisa e um pensamento mais crítico, além de voltar o olhar para os problemas de saúde e ambiente que as comunidades enfrentam no dia a dia. Foi muito importante para mim porque me mostrou a necessidade da ciência na busca de soluções de problemas cotidianos enfrentados pelas comunidades, buscando trazer um melhor bem estar para essas pessoas que muitas vezes são esquecidas pelo restante da sociedade”, acrescenta Bianca.

O projeto

Bianca participou de três projetos de Iniciação Científica com foco na esquistossomose. “Sabe-se que a esquistossomose é um agravo de saúde pública mundial e que o Brasil apresenta altas taxas de infecção, chamando atenção a região Nordeste onde se concentram grande parte dos casos. No primeiro projeto foram realizadas avaliações para determinar a infecção por Schistosoma mansoni em crianças e adolescentes do município de Riachuelo (SE), além do acompanhamento da eficácia no tratamento da doença e também uma análise para buscar entender a dinâmica da reinfecção dessas crianças e adolescentes”, afirma.

O segundo projeto também estava relacionado à doença. “Dessa vez, foram analisados apenas os moluscos responsáveis pela transmissão da doença, sendo realizados experimentos para determinar a positividade dos mesmos para Schistosoma mansoni. A pesquisa aconteceu em uma região do município de São Cristóvão (SE), que já sofre com esse problema há mais de 10 anos”, aponta.

“E o último projeto aconteceu na mesma região com o principal objetivo de avaliar a capacidade reprodutiva dos moluscos infectados e não infectados pelo Schistosoma mansoni, levando em consideração que esses moluscos apresentam elevada capacidade reprodutiva e que são encontrados colonizando diversos tipos de ambientes de água doce”, explica a bacharela.

Incentivo

De acordo com Bianca, a Unit e o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), parceiro da instituição, foram essenciais. “A Universidade Tiradentes e o ITP foram muito importantes nessa trajetória, oferecendo espaço e tecnologias capazes de auxiliar nos projetos nos quais trabalhei. A Unit também ofereceu excelentes professores durante toda minha graduação. Agradeço às instituições e à professora doutora Veronica Sierpe que me acolheu desde o primeiro dia que fui pedir uma oportunidade no laboratório e compartilhou inúmeros conhecimentos e ensinamentos nessa caminhada”, reconhece.

“Atualmente, estou fazendo mestrado. Sou aluna e bolsista no Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Unit, e ao concluir, pretendo iniciar um doutorado para dar continuidade aos estudos relacionados à esquistossomose. Os alunos que pensam em fazer Iniciação vão descobrir umas das melhores experiências da vida acadêmica e o como é boa a sensação de ver os resultados da sua pesquisa gerando melhoria na vida dos indivíduos. Ser pesquisador no Brasil é um caminho muitas vezes árduo, mas não devemos desistir nunca”, conclui.

 

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