Professor da disciplina Crescimento, Desenvolvimento Humano e Aprendizagem Motora no curso de Educação Física da Unit, Antenor de Oliveira Silva Neto considerou importante levar seus alunos até o Espaço Pedagógico – EPES, instituição sem fins lucrativos localizada no Conjunto Médici que atende a indivíduos com necessidades especiais para desenvolver diversas atividades motoras.
Ali são aplicadas atividades artísticas e desportivas destinadas a sociabilização de pessoas com idades e deficiências variadas. A interferência dos alunos de Educação Física com a oferta dos conhecimentos adquiridos em sala de aula pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
“Aqui os nossos acadêmicos têm condições de vivenciar a relação teórico-prática a partir do conteúdo da disciplina”, acrescenta o docente que vislumbra resultados animadores com a continuidade do projeto. “A ideia é criar essa rotina, aproximando a academia e mostrando a importância da Educação Física para esse público”, revela o docente reconhecendo que o trabalho motor, pela sua importância, deve ser desenvolvido em qualquer faixa etária, principalmente com alunos que já tem comprometimento motor por conta da deficiência.
Responsável pelo projeto que se transformou numa escola de ensino regular e atende atualmente 48 pessoas, entre 19 e 56 anos, Joeci Marize Pizatto Raputti afirma que o trabalho é desenvolvido com pacientes com síndromes diversas, caracterizadas por deficiência mental que vai de leve à moderada.
“Primeiro vieram as oficinas e se somaram ao nosso trabalho pedagógico. A primeira delas a Capoeira, há quase 20 anos. E de repente vimos o benefício que a atividade proporcionou a todos”, salienta Joeci contabilizando hoje a execução de 23 oficinas.
“Nós temos que mudar o olhar da sociedade para as possibilidades e os nossos jovens, sem exceção possuem um potencial que deve ser explorado. A presença da Unit em atividades que promovem o desenvolvimento motor desses jovens se torna indispensável”, complementa a fundadora do projeto.
“É muito gratificante trabalhar com esse público que na maioria das vezes é bastante julgado indevidamente”, revela Nathália Araújo Nascimento, acadêmica do 3º período, mas, envolvida com ações extensionistas desde o início do curso.