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Cama como escritório: hábito pode gerar danos físicos e até psicológicos

Confortável ou não, esse hábito adquirido por muita gente durante a pandemia pode desencadear problemas ergonômicos futuros

às 17h25
Prática é comum, mas não adequada para a postura do corpo (Unsplash)
Prática é comum, mas não adequada para a postura do corpo (Unsplash)
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 Transformar a cama em estação de trabalho ou estudo tornou- se  um hábito para muita gente durante a pandemia da Covid-19. Com a difusão do home office e das aulas online, as atividades antes presenciais e em locais distantes, se concentraram nas residências, mas com o passar do tempo, a rotina de se arrumar para ir ao trabalho foi substituída por acordar, lavar o rosto e pegar o notebook. Assim, a cama se transformou em escritório.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, em novembro do ano passado, revelou que 72% dos americanos afirmaram ter feito a cama de escritório durante a pandemia. Alguns disseram que chegavam a passar 24h ou mais por dia na cama trabalhando. Grande parte dos entrevistados informaram que adotaram o hábito, mesmo tendo estações de trabalho confortáveis em casa.

De acordo com os especialistas, esse hábito adquirido por muitos na pandemia, é definitivamente um ‘pesadelo ergonômico’, que pode não causar danos agora, mas sim no futuro. “Qualquer postura por melhor que ela seja, se for mantida por longos períodos, pode ocasionar uma sobrecarga em músculos e articulações. Neste sentido, permanecer por longos períodos sentado ou deitado em uma cama, trabalhando ou estudando com o computador, pode comprometer diversos membros e mesmo que a pessoa não sinta dores ou incômodos agora, esse hábito ao longo do tempo pode gerar danos ergonômicos futuros”, destaca o professor de Fisioterapia da Unit (Unidade Sergipe), Felipe Cerqueira.

Algumas áreas do corpo, como o quadril e as costas, acabam recebendo uma tensão maior pelo fato de se estar sentado em uma superfície macia. “Mesmo entre pessoas mais jovens as dores tendem a aparecer com o tempo. Caso a pessoa tenha adotado esse mau hábito no ano passado, quando a pandemia começou, é bem provável que esses sintomas físicos já estejam se fazendo presentes. Se este for o caso, a orientação é procurar um especialista em fisioterapia e realizar uma avaliação clínica”, orienta. 

Ascom | Grupo Tiradentes

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