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Egressa da Unit desenvolve soluções para tratamento de efluentes

Da graduação ao doutorado, Danielle Siqueira desenvolve reatores sustentáveis e sonha em transformar vidas pelo ensino

às 20h15
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A afinidade por números, fórmulas e experimentos geralmente começa cedo, entre as carteiras da escola. Mas, para quem se permite explorar além dos livros, essa curiosidade pode se transformar em uma carreira com múltiplas possibilidades. É o que acontece quando o aprendizado ganha camadas práticas, conexões internacionais e, sobretudo, propósito. 

E foi assim que a jornada de Danielle Siqueira Vieira começou. Com graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Tiradentes (Unit), Danielle é hoje mestre e doutoranda em Engenharia de Processos, e sua história reflete um compromisso contínuo com a inovação, a educação e a aplicação social do conhecimento. Desde os primeiros períodos da graduação, Danielle buscou ir além do currículo tradicional.

“Sempre gostei das ciências exatas na escola, então sabia que queria ingressar em alguma engenharia. Depois passei a pesquisar sobre os cursos e me identifiquei bastante com a área de atuação da engenharia mecânica e as possibilidades de implementação de conhecimento em diversas áreas distintas”, destacou a doutoranda.

Durante o curso, ela mergulhou nas oportunidades oferecidas pela universidade. Participou por três anos do Projeto Mentoria, orientando estudantes dos cursos de engenharia, ciência da computação e sistemas de informação. Também integrou o colegiado do curso, organizou eventos acadêmicos e ministrou minicursos de Impressão 3D e Corte a Laser. “Acredito que a formação vai muito além das disciplinas. Aproveitei cada espaço que a Unit me proporcionou para crescer e aprender”, afirma.

Inovação tecnológica e sustentabilidade

Foi no Laboratório de Eletroquímica e Nanotecnologia (LEN), vinculado ao Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), que Danielle começou a aprofundar seus conhecimentos em pesquisa científica. Por meio do programa PROVITI, ela participou do desenvolvimento de reatores impressos em 3D, unindo prototipagem e inovação no tratamento de resíduos.

Mas um ponto de virada veio com a mobilidade acadêmica virtual, realizada durante a pandemia por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional (ProMAI). Na Universidad Popular Autónoma del Estado de Puebla (UPAEP), no México, ela conheceu mais a fundo a engenharia ambiental e sua aplicação em resíduos sólidos e efluentes. “Apesar das limitações do momento, foi gratificante poder interagir com pessoas de outros países e aprender com outras culturas. Essa vivência expandiu minha visão”, lembra.

Essa experiência inspirou um projeto de iniciação científica inovador: o desenvolvimento de um reator eletroquímico impresso em 3D voltado para a degradação de poluentes orgânicos persistentes. “Foi a integração entre o que aprendi em sala, no laboratório e na mobilidade acadêmica que tornou esse projeto possível”, destaca.

Paixão pela docência

Durante a graduação, outra vocação começou a surgir: o ensino. Ao dar aulas particulares como forma de renda extra, Danielle descobriu o prazer de compartilhar o que aprendia. “Foi nesse momento que percebi que queria seguir na área acadêmica. A cada aula, sentia que estava fazendo a diferença na vida de alguém”, comenta Danielle.

Esse desejo moldou seus passos seguintes. Após a formatura, ingressou diretamente no mestrado e, agora, dá continuidade à formação como doutoranda, ambas formações com o tema voltado para o desenvolvimento de eletrodos para aplicação em tratamento de efluentes em reatores eletroquímicos. 

“O maior objetivo das pesquisas desenvolvidas é produzir sistemas de tratamento de água eficazes para degradar contaminantes persistentes que podem afetar a nossa saúde, dos animais e causar desequilíbrios ambientais. A experiência da iniciação científica no LEN foi crucial pois me deu toda a base de conhecimento teórico e prático sobre eletroquímica além de proporcionar a vivência em laboratório”, ressalta.

Mais do que um diploma

Para ela, a formação acadêmica só é completa quando aliada a experiências que ampliam horizontes. “A Unit possui diversos programas de pesquisa e extensão que possibilitam que o aluno conclua o curso com muito mais do que um diploma. Isso faz toda a diferença em processos seletivos e no mercado”, afirma.

Danielle acredita que o maior aprendizado da sua trajetória foi entender que o conhecimento não tem limites. “Sempre haverá algo para aprender e algo para ensinar. Essa troca é fundamental”, pontua.

Planos para o futuro

Com a pesquisa avançando e o desejo de ensinar mais vivo do que nunca, Danielle planeja continuar atuando no compartilhamento de conhecimento, seja em sala de aula, em laboratórios de pesquisa ou até mesmo na indústria. “Me realizo ao ver a transformação que o conhecimento pode causar. Quero contribuir com soluções que impactem o mundo e, ao mesmo tempo, inspirar outros a fazerem o mesmo”, infere.

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