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Importância do uso da tela transparente para a comunicação com e entre surdos

Como muitos surdos se comunicam por meio da utilização da leitura labial, a máscara com tela transparente é a mais indicada como uso de EPI.

às 14h25
Kathia Cilene, professora de Libras
Kathia Cilene, professora de Libras
A máscara em uso
Modelo de máscara com transparência
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O uso da máscara com tela para pessoas com surdez ou para a comunidade surda representa a porta de acesso para a informação entre eles e com quem não sabe Libras. Trata-se de uma sugestão de uso, cuja vertente para sua proporção tem sido cada vez mais ampliada dentro da comunidade surda.

A comunidade é formada por pessoas que fazem uso dos sinais e defendem as políticas públicas de educação inclusiva para surdos, inclusive o uso da Libras, cuja relação entre os interlocutores se dá também e essencialmente por meio das expressões faciais. “Elas são elementos gramaticais da língua e representam toda uma carga semântica dos sinais que expressam sentimentos, como alegria, tristeza, repúdio etc.”, explica a professora especializada no assunto, Kathia Cilene Santos Nascimento.

Kathia explica que o EPI reforça o diálogo entre a comunidade surda, porque favorece a visualização das expressões e a leitura labial, elementos que são essenciais para o contato como uso da Libras.

A professora explica também que a utilização do uso da máscara convencional promove uma quebra no entendimento da informação, razão pela qual a indicação para o uso de uma máscara com tela transparente pelo surdo permite que se abra uma porta de possibilidades para melhor compreensão daquilo que está sedo apresentado em Língua de Sinais. “Sem o uso da máscara adequada a essa comunidade, não há como estabelecer uma comunicação clara e objetiva”, esclarece a professora Kathia.

Por se tratar de um material que não deve ser descartado, o uso da tela transparente requer cuidados mais apurados para o trato e a sua higienização.

A professora Wanessa Lordêlo, diretora adjunta da área da Saúde da Unit acredita que o uso da máscara, desde que não seja adaptada (com tela), compromete o entendimento da linguagem labial, um dos recursos utilizados pelos surdos para estabelecer a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais – Libras.

Ainda assim a doutora em Biomedicina entende que, neste momento de pandemia, a prioridade do uso da máscara sobrepõe eventuais comprometimentos de comunicação. “O que importa agora é que ele se mantenha prevenido e também que evite ser um agente transmissor da COVID-19, utilizando máscara (de tela transparente ou não). Afinal, o que importa é se proteger contra a infecção desse vírus que é tão dominante”, opina Wanessa.

Kathia Cilene, professora de Libras
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