Os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e o papel do professor nortearam debate virtual com a historiadora e secretária de Educação de Nossa Senhora do Socorro, Josevanda Franco, transmitido pelo canal de Youtube da Universidade Tiradentes em mais uma Live do curso de Pedagogia.
Com a presença das professoras e coordenadoras dos cursos de Pedagogia presencial e EAD da Instituição, Viviane Dantas e Helena Tavares, Josevanda esclareceu dúvidas, falou da importância da educação como direito humano e defendeu o tripé capacitação, qualificação e treinamento para que o docente atue com excelência em sala de aula.
Josevanda explicou que para a ONU, todos os indivíduos de 0 a 18 anos são crianças. Para a legislação brasileira, de 0 a 12 anos incompletos são crianças. De 12 anos completos a 18 anos, são adolescentes.
“Estendemos uma faixa de juventude que vai até os 24 anos e se fez essa opção para se categorizar melhor a seguridade de direitos. Ninguém perde a condição de humano. Quando se quer abstrair direitos humanos, se chama alguém que pratica uma violação sem precedentes de monstro, transportando para o lúdico algo que é muito real porque os monstros não existem. A educação tem que ser entendida como direito humano e como instrumento de equidade social”.
Qualidade e universalidade
Sobre o direito à educação, Josevanda informou que a legislação assegura escola pública, gratuita, universal e de qualidade. Na avaliação dela, a atual rede de ensino pública avançou nos últimos dez anos.
“Nos últimos dez anos, estamos conseguindo melhorar a escola pública. Em diversos aspectos, a escola pública é melhor que a particular, ela capacita os professores, temos a obrigatoriedade de atender todos os alunos, temos merenda. A escola pública não é um caos! A gente luta muito pela qualidade de ensino”.
Questionada sobre o papel do pedagogo na construção da escola de qualidade, Josevanda definiu a função do profissional como responsável pelo funcionamento da unidade de ensino.
“O pedagogo é preparado para fazer o processo pedagógico se materializar. Quem coloca a escola para funcionar é o pedagogo. O papel é de agregar o universo de professores da escola, é quem comanda a execução do projeto político pedagógico”.
O papel do professor
A legitimidade do direito à educação se materializa quando a escola é pública, gratuita, universal e de qualidade. Josevanda explicou que é crime negar acesso à escola.
“A escola é o espaço onde toda criança deve e precisa estar. Quando se está trabalhando em rede, se tem a visão da rede inteira. Em Socorro, conseguimos ampliar o número de matrículas aumentando o transporte escolar e merenda. Não falta dinheiro para a educação, mas é necessário planejamento estratégico para utilizar os recursos de forma correta”.
Arranjo
“Educação não pode ser arranjo. O foco é a aprendizagem. Nada substitui o trabalho do professor porque ele reflete a relação com o aluno. Ser professor é saber usar as estratégias para fazer aquilo que o aluno precisa para aprender. Temos que saber trabalhar a aprendizagem. Temos o tripé capacitação, qualificação e treinamento, que é fundamental para o trabalho do professor. Se não fizer a interligação entre os três elementos, não funciona”.
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