O tema que destaca o papel da mulher na sociedade, apesar de corriqueiramente destacado pelos meios de comunicação e por segmentos representativos desta mesma sociedade, anseia por reflexões aprofundadas que permitam definições claras sobre a representatividade de gênero.
Mediado pela coordenadora adjunta do curso de Direito, professora Martha Franco, o talk show apresentado no minishopping contou com a presença das debatedoras convidadas, a advogada pública Cinthia Pereira e a advogada e representante da OAB-SE Valdilene Pereira.
“O papel dado à mulher pela sociedade varia conforme o momento histórico e também pelo gênero, raça e classe social”, lembra a doutora Cinthia, exemplificando a maternidade como sempre uma circunstância inerente à mulher. Ela cita como componentes o instinto materno e a fragilidade. Contudo, em relação às mulheres negras, a advogada provoca o questionamento sobre qual fragilidade foi atribuída a essas mulheres, já que elas trabalhavam muito mais que os homens negros durante a lavoura e até mesmo durante a gestação.
De igual modo, a fala da advogada Valdilene Pereira convergiu para uma reflexão sobre a falta da efetivação no cotidiano da igualdade entre homens e mulheres. “Encontramos essa igualdade nas leis de fato, mas não de direito. Isso torna o cotidiano da mulher muito mais penoso e sobrecarregado”, reconhece a palestrante. “Ainda temos mais obrigações do que direitos”, complementa.