Em meio as mais diversas informações que surgem sobre o novo Coronavírus, a COVID-19, em todo o mundo, a população corre contra o tempo para se prevenir da doença. Em contrapartida, pesquisadores também procuram agir de forma rápida para mapear a doença, identificar o ponto fraco do vírus e criar evidências científicas que trazem clareza de informações, além de resultados que podem beneficiar à sociedade. Medidas para contenção da pandemia também são implementadas.
Nesta busca constante, a sociedade busca todo o tipo de informação. Entre as mais disseminadas na última semana, uma recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre a utilização do medicamento Ibuprofeno ganhou destaque.
“Muito se falou sobre a medicação e sobre os sintomas em si que seriam agravados pela utilização do Ibuprofeno, potencializando o quadro do Coronovírus. O Ministério da Saúde também confirmou esta informação. No entanto, após alguns dias, a OMS voltou atrás por não ter estudos tão seguros e conclusivos sobre a medicação”, declara a farmacêutica e coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Tiradentes, Juliana Dantas.
“Diante de uma doença que é nova para todo mundo, qualquer tipo de medicamento pode causar risco. Já sabemos que a automedicação é não é aconselhada, ainda mais em situações como esta. É um momento novo. O tratamento de escolha para aliviar os sintomas, seja para uma gripe ou outras enfermidades deve ser sob orientação de um profissional de saúde, no caso o médico ou farmacêutico”, enfatiza a farmacêutica.
Além do Ibuprofeno, os medicamentos à base do hidroxicloroquina ou cloroquina também foram bastante comentados. Tudo isso porque alguns estudos apresentaram resultados positivos quanto à sua utilização em pacientes acometidos pelo coronavírus. “Tudo é muito incipiente, os resultados ainda não foram conclusivos, mas tenho certeza que os pesquisadores estão trabalhando incessantemente para isso”, salienta Juliana.
“O momento é de cautela para a busca desses medicamentos nas farmácias pois eles já são indicados para pacientes com artrite e lúpus, por exemplo. Não devemos fazer o uso de forma irracional e indiscriminada”, finaliza a farmacêutica.