A tuberculose é uma das principais causas de morte de pacientes com HIV, sendo responsável por 300 mil óbitos por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que quase um milhão de pessoas convivem com a Aids, número que acende o alerta para o risco de outras enfermidades além da tuberculose.
Altamente contagiosa, a tuberculose é uma doença infecciosa que em estágios iniciais pode apresentar uma fase latente (Tuberculose Infecção), ou seja, sem sintomas. Pessoas vivendo com HIV apresentam quase 30 vezes mais chances de desenvolver / reativar a tuberculose quando comparado a outras que não possuem o vírus de imunodeficiência.
No Brasil, o índice da coinfecção de tuberculose – HIV é de quase 10%, segundo o Ministério da Saúde. A doença evolui lentamente e os infectados são transmissores em potencial. Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, dificultando o diagnóstico. Além de tosse, da perda de peso rápida, sudorese noturna e febres baixas vespertinas, falta de ar e tosse com sangue também podem ocorrer.
A tuberculose é curável e, portanto, o tratamento tem data para terminar. Já o tratamento do HIV é previsto, com as opções hoje disponíveis, para perdurar por toda a vida. A despeito desta grande diferença, o tratamento das duas infecções têm algumas semelhanças. Ambos são contra agentes vivos que procuram de todas as maneiras se multiplicar.
As pessoas com Aids devem manter o tratamento com o antirretroviral dolutegravir se também contraírem a tuberculose. Estudos científicos indicam a eficácia e segurança do uso do dolutegravir combinado aos medicamentos para tratar pessoas infectadas por tuberculose. O dolutegravir é considerado um dos mais modernos do mundo, é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017 para pessoas vivendo com HIV.
A ampliação do uso do medicamento nos casos de infecção dupla (HIV/tuberculose), reduzindo a ocorrência de complicações durante o tratamento, possibilitando uma qualidade de vida para o paciente na comparação com outros antirretrovirais usados no tratamento de HIV.
*Com informações de Abordagem Notícias, UFPB, Unaids, Agência AIDS e Telelab
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