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Deficiência visual e o Ensino Superior: apoio é fundamental

Acessibilidade e inclusão fazem parte do dia a dia do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial da Unit. O departamento oferece suporte para estudantes com deficiências.

às 10h44
Imagem: Freepik
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Natália Dias tinha um sonho de fazer o curso de Psicologia. Diante dos diversos desafios já vivenciados, entrar em uma universidade seria apenas mais uma conquista. E, prestar o vestibular foi apenas o primeiro passo. Natália nasceu com deficiência visual e está entre as mais de 6,5 milhões de pessoas no Brasil com alguma deficiência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.  

“Eu sempre achei uma maravilha o trabalho do psicólogo, sou suspeita em falar. Passei no vestibular e amo o que eu estou fazendo, que é o curso de Psicologia. Tem que lutar bastante, pois existem muitos desafios principalmente para uma pessoa que tem deficiência. Cada um tem um nível para essa dificuldade de iniciar uma graduação”, comenta Natália, que atualmente está no 7º período do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes. 

Ainda de acordo com os números do IBGE, 23,9% (45,6 milhões de pessoas) declararam ter algum tipo de deficiência, sendo a visual a mais comum, atingindo 3,5% da população. São mais de 582 mil cegas e mais de seis milhões com baixa visão. Outros 29 milhões de pessoas declararam possuir alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes.

“Atualmente, com o Google Classroom, tenho acesso aos materiais de forma mais acessível o que facilita o meu aprendizado. É preciso estrutura, porque é necessário que os materiais sejam adaptados. Tive apoio do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial da instituição de ensino, fui bem acolhida e recebi muito auxílio. Está dando tudo certo”, declara.

“Nós buscamos atender o aluno com um programa que ele se sinta confortável. Temos os programas Dos Vox, Jawls e NDA, além de notebooks adaptados para disponibilizar ao aluno presencial em sala de aula e computador fixo adaptado para uso no Napps”, salienta a coordenadora do NAPPS, professora Kátia Araújo.

Em parceria com a biblioteca, o núcleo possui teclado e impressora em braille, lupa, régua, entre outros materiais. O braille, por exemplo, é um sistema muito utilizado, de escrita tátil, com pontos em relevo e permite registrar letras, números e símbolos. No início de janeiro, dia 4, a ONU instituiu o Dia Mundial do Braille para celebrar este importante instrumento de acesso à informação e ao conhecimento.    

“O núcleo também possui o suporte de diversos profissionais, entre eles, uma psicopedagoga que fornece apoio ao aluno e aos professores, incluindo a questão das aulas e das provas. Além disso, também fornece orientações sobre áudio descrição e, em parceria com o curso de Engenharia de Produção, em relação ao uso da impressora 3D para fabricação de pranchas de figuras necessárias ao aprendizado do aluno”, garante. 

A Unit instituiu um Plano de Acessibilidade com indicação de espaços em braille e piso tátil em todos os blocos e na biblioteca. 

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