O número de pessoas idosas no Brasil vem crescendo com o passar do tempo. Para se ter uma ideia, já existem mais de 20 milhões de pessoas com mais de 65 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Com o avanço da expectativa de vida, a projeção é que esse número deve dobrar até 2042.
“A explosão demográfica geriátrica é uma realidade mundial e nacional. Somos um país de cabelos brancos e essa população requer cuidados e atenção específicas. Assim, é necessário no mercado de trabalho, profissionais capacitados e especializados não só no processo biológico, mas também psicossocial”, declara a professora da Universidade Tiradentes, Patrícia Almeida.
A gerontologia, por exemplo, vem se tornando uma área bastante promissora no mercado de trabalho.
“Se você se preocupa e quer ter um envelhecimento saudável, ativo e atuante na sociedade, tudo bem consultar um gerontólogo aos 40 ou 50 anos, por exemplo. Para entender não apenas o processo biológico, mas também os fatores psicossociais”, comenta a especialista.
Segundo Patrícia Almeida, é fundamental realizar de forma sistemática um plano de ação e cuidados para cada paciente idoso.
“É necessário conhecer o paciente em questão, ouvir sua história de vida e seus valores. O paciente precisa ser esclarecido em relação a seus próprios cuidados, entender suas comorbidades, as possibilidades de tratamento e seu prognóstico. E, quando não há essa possibilidade, precisa-se conversar e planejar os cuidados, discutindo essas questões com familiares ou seu representante legal”.
Para a docente, é importante diferenciar a geriatria e a gerontologia.
“A geriatria é uma especialidade médica que se integra à área da Gerontologia. Mas, seu foco principal é entender o processo de envelhecimento fisiológico, para atender aos objetivos da promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças. Já o gerontólogo é formado para gerir a atenção ao envelhecimento em suas diversas variáveis”.
Áreas de atuação
Segundo a Sociedade brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG, todo profissional, com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento como Psicologia, Fisioterapia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito, entre outras, pode atuar como gerontólogo, desde que esteja apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice.
“A principal função da Gerontologia é o estudo do envelhecimento que abrange os aspectos biológicos, psicológicos, sociais, econômicos e outros. Os profissionais têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras”, destaca a professora Patrícia Almeida.
Entre as diversas áreas de atuação no mercado de trabalho estão a gestão de casos, políticas públicas, educação (ensino e pesquisa), reabilitação, reinserção na sociedade, segurança, home care, atividades corporais e comportamentais, hospitais, clínicas especializadas, centros e unidades.
“O seu objetivo maior do profissional é promover o bem-estar do idoso, abrangendo fatores não só físicos, mas também psíquicos, sociais e até mesmo espirituais. Além disso, se estende aos familiares, de forma que o resultado do processo de envelhecimento seja ainda melhor, com a compreensão e a participação de todos os que estão ao redor da pessoa idosa”, finaliza a docente.
Curso de Gerontologia e Bem-estar EaD
Com a duração de dois anos, o tecnólogo em Gerontologia e Bem-Estar é ministrado 100% online na Universidade Tiradentes. O curso aborda o processo de envelhecimento a partir de uma perspectiva holística e multidisciplinar, combinando conhecimentos de diferentes áreas.
A matriz curricular é composta por disciplinas de Ciências Biológicas, Humanas e Exatas. Matérias relacionadas com Gerontologia Educacional, Nutrição, Relações Familiares e Cuidados Paliativos estão presentes na estrutura da formação.
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