No retorno ao trabalho depois da fase mais crítica de quarentena, com o trabalho remoto adaptado às pressas, muita gente percebeu como um ambiente laboral confortável é importante. Já que as pessoas passam a maior parte do tempo de suas vidas dentro do ambiente de trabalho, nada mais justo que ele seja um local aprazível, que ofereça boas condições para conviver e trabalhar.
Questões sonoras, de temperatura, de tranquilidade, e conectividade, referente à velocidade da internet e sinais de telefonia, são meios que propiciam a concentração e ditam o ritmo da produtividade e dos resultados positivos de uma empresa. A boa iluminação é um quesito de destaque, pois interfere diretamente na saúde e na produtividade das pessoas.
Além disso, um espaço bem organizado e com um clima agradável influencia diretamente no humor e bem estar das pessoas. Algumas empresas investem inclusive em áreas de lazer e descanso para seus funcionários. Uma ferramenta para recarregar as energias e promover a criatividade, habilidade cada vez mais requisitada no mundo do trabalho.
Estes são alguns dos aspectos que requerem a atenção e a dedicação dos gestores das empresas, especialmente na área de Recursos Humanos, diretamente vinculada ao desenvolvimento das equipes. O trabalho destes gestores para manter funcionários engajados e motivados não é simples, mas promover um espaço adequado já é meio caminho andado.
Boas práticas
A aplicação de boas práticas para estimular a equipe e manter o alto nível de eficiência é a meta de qualquer empresário. Um escritório que exemplifica a cultura da companhia, a diversidade da equipe e aspectos sociais da empresa, que demonstre inovação e comunicação desde as suas paredes até o mobiliário. Esse conjunto de fatores tende a promover a interação e a eficiência.
Algumas firmas dispõem de espaços colaborativos ou áreas com sofás e pufes para momentos de intervalo. Empresas mais modernas, ou a depender do segmento, dispõem ainda de salas de jogos, espaço para relaxamento, biblioteca, auditório, refeitórios equipados com cafeteiras e geladeiras que vendem produtos alimentícios. Tudo para deixar o funcionário contente dentro do escritório.
Um bom projeto de arquitetura vai auxiliar num ambiente corporativo mais harmônico, mas além de pensar o espaço físico, arquitetônico, é importante complementar com ações para promover os valores agregados ao que o ambiente quer comunicar. Para isso, o gestor de RH pode lançar mão de campanhas, treinamentos internos e desenvolvimento para os funcionários compreenderem para além da beleza e do conforto físico.
Ergonomia
Permitir conforto ao trabalhador não é uma mera liberalidade do empregador, mas também uma exigência da legislação trabalhista. Critérios como ergonomia e qualidade de vida estão previstos em normas, como a NR-17, que obriga as empresas a promoverem locais laborais regulamentados.
A ergonomia diz respeito não apenas a parte física, mas também organizacional e cognitiva. Ela tem relação com a proporção anatômica do ser humano com a altura e conforto de cadeiras e mesas de trabalho, mas também com o sistema e estrutura de processos e políticas organizacionais que inclui pessoas. A gestão de qualidade e de tempo está relacionada à ergonomia organizacional.
Já o aspecto cognitivo diz respeito aos processos mentais dos funcionários no desempenho de suas rotinas de trabalho, a carga mental exigida, a confiança entre a equipe, os processos de tomada de decisão e o impacto desses fatores na saúde mental dos trabalhadores e num ambiente harmônico para todos.
O investimento para promover um bom ambiente de trabalho não se reverte apenas internamente, com uma maior eficiência e produtividade. Espaços bons para se trabalhar geram boa reputação externa e atraem os melhores e mais capacitados funcionários, que com certeza preferem estar onde se sentem mais valorizados, e não apenas financeiramente.
Asscom | Grupo Tiradentes