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Como a atividade física constante pode melhorar a mente e o humor

Prática de esportes e exercícios físicos ajuda na liberação de hormônios que melhoram as funções cognitivas e proporcionam sensações de prazer e autoestima, entre outras

às 19h53
Outras áreas do corpo humano são impactadas positivamente pela prática regular de esportes ou exercícios físicos, como o cérebro e as funções cognitivas (Karolina Kaboompics/Pexels)
Outras áreas do corpo humano são impactadas positivamente pela prática regular de esportes ou exercícios físicos, como o cérebro e as funções cognitivas (Karolina Kaboompics/Pexels)
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Sabe aqueles dias que você acorda leve, tranquilo e bem-disposto? Isso pode ter a ver com as atividades físicas praticadas diariamente. Inúmeros estudos científicos relacionam a prática de exercícios físicos com a melhoria da saúde mental e do estado emocional de cada pessoa, tornando-a inclusive mais bem-humorada. Esta inclusive é uma das principais recomendações de médicos e outros profissionais de saúde para quem busca melhorar a qualidade de vida. 

A chave dos benefícios psicológicos da atividade física está em um conhecido hormônio do corpo humano: a endorfina, também conhecida como “hormônio do prazer”. “A endorfina ativa a sensação de recompensa no sujeito, através do prazer após a atividade física que exigiu um grau de esforço e desafio para o sujeito. É importante pensar em atividades contínuas e, preferencialmente em grupos, pois estas podem potencializar sensações positivas tanto do ponto de vista fisiológico, quanto psicológico”, afirma o professor Cleberson Costa, do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit). 

Segundo ele, outras áreas do corpo são impactadas positivamente pela prática regular de esportes ou exercícios físicos, além dos músculos. Entre elas, está o cérebro, através do qual os exercícios melhoram as funções cognitivas básicas, como atenção, percepção e memória. “Diversos são os hormônios impulsionados por atividades físicas regulares, além da sensação de autoconfiança, melhoria de autoimagem, dentre outras sensações positivas que a pessoa desenvolve de si e da sua interação com o ambiente”, acrescenta o professor. 

E em se tratando de atividade física, qualquer tipo de exercício ou esporte é válido para a melhoria da qualidade de vida. A literatura especializada na área afirma que não existe a “melhor atividade física ou esportiva”, e sim aquela que a pessoa se identifica e gosta de fazer. Para Cleberson, o mais importante é que cada pessoa busque uma atividade física de sua preferência e comece a praticar com regularidade. 

“É importante pensar no que você gosta, olhar para dentro mesmo. Você gosta de fazer atividades individuais ou coletivas? Gosta de atividades que envolvam objetos, como bolas e pesos, ou gosta de atividades trabalhadas em torno do próprio corpo e seus movimentos? Você gosta de deslocamentos ou atividades que sejam mais concentradas? São algumas importantes reflexões, para que a pessoa comece a entender possíveis atividades que ela pode gostar. Daí em diante, é buscar fazer aulas experimentais em locais que disponham de bons profissionais para o acompanhamento”, orienta o professor.

Ele acrescenta que o estímulo à atividade física precisa ser mais constante, pelo fato de as sociedades do Brasil e do mundo estarem cada vez mais sedentárias, em razão das evoluções tecnológicas desenvolvidas ao longo das últimas décadas. “Ao chegarmos em nossas casas, quase não precisamos nos deslocar do sofá para fazermos atividades simples, como atender um telefone, ligar uma televisão ou até mesmo a luz. Nosso corpo não foi feito para ficar parado. Precisamos equilibrar de alguma forma e a atividade física regular é a melhor forma possível para tal”, conclui Cleberson.

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