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Culinária sergipana: uma experiência em aromas e sabores 

As frutas, mariscos, queijos e doces são destaques na representação da pluralidade dos pratos da culinária sergipana

às 18h16
Imagem: Freepik
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Entre as tantas riquezas sergipanas, a culinária é a que mais se destaca. As cores, aromas e sabores com pratos que enaltecem os pescados e frutos do mar são uma verdadeira viagem na experiência gastronômica. A coordenadora pedagógica do curso de Gastronomia e professora da disciplina Cozinha Regional Nordestina, Isabelle Brito, acredita  na diversidade gastronômica de Sergipe como identidade cultural. 

“O que nos diferencia das demais culinárias é a nossa pluralidade por conta das nossas diversas heranças étnicas e que refletem diretamente na nossa gastronomia nordestina e sergipana. Então não temos como dizer que tem uma comida cem por cento de uma etnia ou de outra, mas sim de misturas. E é isso que nos dá um grande diferencial”, comenta. 

A da gastronomia de Sergipe nasce a partir da influência indigena, africana e das heranças europeias, em especial dos portugueses. “O conjunto de heranças seja através dos insumos, do modo de preparo ou de hábitos culturais é que nos torna diferentes. É que nos dá essa pluralidade dessas misturas de sabores”, diz.

Segundo Isabelle, as maiores riquezas gastronômicas do nosso estado é o amendoim cozido, os queijos coalhos, os frutos do mar, em especial o caranguejo, sururu, o catado de aratu e pecuária provinda do sertão, como a charcutaria, a carne de sol e os embutidos.

As frutas também tem uma grande representatividade na culinária sergipana, como é o caso do caju e da mangaba. São frutos bastante versáteis que podem ser utilizados em pratos doces e salgados.

“Com o processo de colonização e exploração da cana de açúcar, a gente costuma consumir sucos, sorvetes, doces e compotas, mas também é possível fazer algumas caldas com essas frutas para servir com mariscos e carnes, o que dá uma combinação muito especial ao prato. E a gente não pode esquecer que aqui temos a queijada, um doce típico portugues, mas com adaptações que envolveram as influências africanas e indígenas, que se tornou nosso patrimônio material sergipano”, explica.

O impacto da culinária na sociedade sergipana existe uma certa dicotomia entre o litoral e o sertão. “Aqueles que têm maior vivência e identidade com o litoral terá dentro do seu conjunto gastronômico elementos litorâneos. Essa é uma herança que herdamos principalmente dos povos indígenas que aqui estavam, mas o fato de preparar ensopados, moquecas, comidas com caldos e guisados tem uma herança muito forte com a herança portuguesa e europeia”, aponta.

Já os habitantes do sertão de Sergipe tem uma relação bastante forte com a pecuária. “Então todos os elementos derivados da pecuária, dentre eles o leite, queijo e manteiga estarão presentes na mesa do sertanejo. Dessa forma, temos essa pluralidade gastronômica extremamente bem representada na nossa alimentação”, conclui Isabelle Brito.

Para ela, o turismo gastronômico no estado ainda é pouco conhecido, embora tenha um grande potencial graças à pequena extensão de terra do estado, o que possibilita criar rotas turísticas diárias em busca dessa diversidade cultural e gastronômica. “Temos uma diversidade muito grande que pode envolver não só a gastronomia no sentido do alimento quando sugere que pratos provar, mas associado a isso os utensílios, como as cerâmicas de Santana do São Francisco agregando o artesanato a nossa mesa posta”, finaliza.

 

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