Observar a quantidade de alimento adicionado no prato pode ser o diferencial para evitar doenças como obesidade, hiperglicemia e alterações metabólicas no organismo. Quem explica é a professora do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes, Tatiana Palmeira, que afirma que as decisões que influenciam as escolhas alimentares são baseadas no conhecimento, nas emoções e no ambiente que cada indivíduo está inserido.
Os alimentos ultraprocessados, por exemplo, correspondem a produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes. Eles incluem refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo, são pobres em fibras e ajudam a desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e vários tipos de câncer. Além disso, possuem uma elevada quantidade de calorias e não contribuem para a saciedade, colaborando para o surgimento da obesidade.
Um estudo realizado, em 2018, na revista ‘Nutrients’, feito por pesquisadores brasileiros, avaliou a associação entre o tamanho das porções e o excesso de peso, com 5.270 indivíduos durante três anos. O excesso de peso foi associado com grandes porções em onze grupos investigados que ingeriam alimentos como frios, snacks fritos, sucos de fruta e sucos industrializados, pizza, carne vermelha, snacks salgados e refrigerantes.
“É imprescindível destacar que alimentos que estão inseridos em uma dieta saudável, como arroz e carne vermelha, aparecem na lista. Isso acontece porque se consumidos em porções exageradas, eles também são capazes de acarretar em um maior consumo energia. As pessoas tendem a comer mais do que realmente necessitam quando estão diante de grandes quantidades de alimentos ou quando há oferta de grandes porções”.
A professora explica que o ideal é comer apenas uma única vez, já que, uma segunda porção excederia, provavelmente, às necessidades nutricionais. “Limitar o consumo de alimentos processados e evitar o consumo de ultraprocessados, que tendem a ser consumidos em excesso e a substituir refeições baseadas em alimentos in natura e minimamente processados. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, em companhia e fazer compras em feiras livres, sacolões, mercados que oferecem variedades de alimentos in natura e minimamente processados podem fazer a diferença”.
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