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Como a Educação Física se faz presente na educação básica

Componente obrigatório nos currículos escolares dos ensinos Infantil ao Médio, a Educação Física ensina aos alunos a importância e os benefícios da atividade física

às 23h47
O ensino da Educação Física na educação básica estimula os alunos a manterem os cuidados com o corpo e a constância da atividade física (Reprodução/CREF12-PE)
O ensino da Educação Física na educação básica estimula os alunos a manterem os cuidados com o corpo e a constância da atividade física (Reprodução/CREF12-PE)
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“Hoje é dia de fazer Física”. É assim que muitos estudantes da educação básica costumam se referir às atividades de Educação Física, um dos componentes curriculares obrigatórios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Só que, ao contrário do que sugere a expressão, ela é completamente diferente da Física propriamente dita e vai muito além dos simples jogos de futebol, vôlei, basquete ou a popular “queimada”. O ramo de Educação Física é dedicado ao estudo e à prática dos movimentos corporais, bem como dos benefícios que eles trazem à saúde da pessoa em todos os seus aspectos físicos e mentais. 

A resolução 046/2002 do Conselho Federal de Educação Física (Confef) define o profissional de Educação Física como um “especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida e da prevenção de doenças”, entre outros benefícios. 

A professora Lisane Teixeira Dantas Meneses, coordenadora de Estágio e TCC dos cursos de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), explica que a Educação Física precisa ser entendida de três formas: como componente curricular presente nas escolas, como profissão ensinada nas universidades – sob as formas de Licenciatura e Bacharelado – e como área de investigação científica, na qual é pesquisada a cultura do movimento corporal. 

De acordo com Lidiane, a Educação Física como componente curricular na educação básica se enquadra no mesmo patamar de disciplinas como Geografia, Matemática ou Português. “O que seria um componente curricular? É uma disciplina que tem conhecimentos a serem transmitidos para os alunos. Então, a Educação Física está na escola para ensinar os elementos da cultura do movimento corporal, que são o jogo, a ginástica, o esporte e a dança. Então, ela é um componente curricular obrigatório da educação básica e quem pode ensinar é o professor que se formou em Educação Física na modalidade de licenciatura”, afirma. 

A disciplina é ensinada nas escolas brasileiras desde 1851, no reinado de Dom Pedro II, com a Reforma Couto Ferraz, implementada no sistema brasileiro de ensino pelo então ministro do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz (1818-1886). Com o nome de “ginástica”, ela foi inserida como disciplina obrigatória nas escolas do Rio de Janeiro, a então capital do Império, depois para todo o país. Mesmo com algumas alterações, a Educação Física foi mantida desta forma pelas outras reformas educacionais e pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), vigente desde 1996. 

Mais que um “rola-bola’

Mesmo com esse tempo de atividade, boa parte das escolas ainda não implementam uma prática pedagógica completa e correta da disciplina, resumindo-a apenas à prática de esportes no horário da aula. É o que a professora define como “domínio do rola-bola”, que por outro lado vem sendo rompido pela prática de outros professores, que ensinam os outros elementos do movimento corporal. “A gente tem professores que tentam mudar essa imagem da Educação Física e fazem uma prática diferenciada, mostrando realmente que a Educação Física é um componente curricular”, ressalta Lisane. 

Neste sentido, a professora acredita que a presença da Educação Física nos ensinos Infantil, Fundamental e Médio cumpre o papel de incutir, tanto nos estudantes quanto na população como um todo, a importância de manter uma atividade física constante e um melhor cuidado com o corpo, mesmo que esse estudante não venha a seguir alguma carreira ou profissão ligada ao esporte. “Infelizmente, ainda a gente observa que a gente pensa que a população é muito ativa e ainda não é. Então, acredito que a Educação Física lá na Educação Básica vai ter esse papel justamente de levar o aluno ao entendimento da importância das práticas corporais, ou seja, dos exercícios físicos, para obtenção de uma melhor qualidade de vida, para ter um estilo de vida ativo”, conclui Lisiane. 

Asscom | Grupo Tiradentes 

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